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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

BLOG LINDO

Eu não te abandonei! Só estou super sem tempoo! Amanhã vamos visitar a revista Metropole!! E semana que vem talvez irei pra São Paulo visitar a revista Placar! Eu já disse que amo o jornalismo?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Vaca-ovelha

Ela voltou da faculdade no horário de sempre, mas desta vez não desceu na sua casa. Viu-se subindo as escadas do prédio do seu namorado, será que ele já havia chegado? O que diabos ela estava pensando para ir parar ali?

Resolveu que o melhor a fazer era ligar para sua mãe ir buscá-la. Pelo visto ia chover. Enquanto subia as intermináveis escadas, tentou discar os numeros. Mas o celular apagava toda hora, por alguma razão, não conseguia discar e não entendia o que estava acontecendo. Uma confusão de sons a invadiu e por alguns minutos - ou horas, ela não tinha como saber - ficou perdida entre imagens que vinham e saiam de foco antes que pudesse enxergá-las de verdade.

Uma onda fria a invadiu. Medo. Desistiu do celular e olhou a sua volta. Que estranho, não se lembrava de já ter entrado no apartamento. Entretanto, aquela sala não parecia a sala dele, era tão grande e escura. A unica fonte do brilho da lua através da janela. Tentou fazer mais luz com o inutil aparelho em suas mãos, entretanto, ele já não servia nem para isso.

Respirou fundo, incomodada. Teve o pressentimento de não estar sozinha. Tentou acender a luz, e quase praguejou a existencia escrota daquele interruptor inativo. Decidiu que o melhor a fazer era olhar em todos os cômodos para se certificar que havia alguém.

E não precisou andar muito, a mãe dele estava lá.
- Ele já voltou? - Perguntou a garota, apesar de saber a resposta.

A mulher de cabelos escuros se limitou a assentir sem nem mesmo olhá-la. Novidade. Pensou ironicamente a outra, evitando que a palavra sogra tomasse sua mente. Depois de uma inspeção breve pelo resto dos quartos, o encontrou. Bem, não parecia muito seu namorado, não estava dizendo coisas que faziam muito sentido.

Um calafrio a dominou quando pensou que este dia inteiro estava coberto de coisas que não pareciam reais. Segurou a sua mão e decidiu que precisavam sair dali, ir para casa dela, avisar sua mãe que havia voltado da faculdade para casa dele e que estava bem. Céus, quando foi que o mundo se tornou não esquisito?
Entraram num carro, embora ela não se lembrasse de como haviam chegado até ele. Ao seu lado, o garoto sustentava um olhar vago e tentava fazer seu celular funcionar. Inutil. O pai dele dirigia. Como antes, uma sucessão de imagens e sons entranhos tomou conta dela.

- Um sonho! - disse surpresa. Como não havia percebido isso antes?
- O que? - Perguntou o motorista.
- Isso é um sonho, é por isso que as coisas parecem tão esquisitas. Logo tudo voltará ao normal.
- Você está louca - concluiram os homens.
- Ora, e você acha que é possivel que aquela vaca-ovelha seja real?

Eles não responderam. Chegou a hora de descer do carro, mas como descer com aquela vaca do tamanho e cor de ovelha olhando para ela? Parecia que ia atacá-la. É um sonho, disse para si mesma, pode abrir a porta e sair que nada vai te acontecer. Abra a porta Jéssica. Abriu, desceu e caminhou de encontro a sua mãe, que estava parada com o portão de casa aberto.
A vaca-ovelha lhe lançou um olhar mal-humorado, como se dissesse: ei, estou acostumada a dar medo para as pessoas em seus sonhos. Você está estragando tudo. Mas a garota não se importou, precisava contar para mais gente que o mundo estava maluco porque aquilo era um sonho. Só que ninguém quis acreditar.

Depois de mais uma sucessão de acontecimentos irreais, finalmente conseguiu abrir os olhos. Ufa! Estava certa. Olhou no relógio e sentiu um leve mal-humor ao notar que ficou presa em seu pesadelo por 14 minutos a mais do que gostaria. E o seu estado de espirito piorou ao notar que não havia nenhuma mensagem não lida. A mensagem que estava esperando poderia te-la tirado daquela confusão.


Levantou-se sentindo-se derrotada e odiando o dom masculino de manter-se incomunicável por tempo suficiente a deixar mulheres com os nervos à flor da pele.



terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dias

Meu boletim "quase estava certo". Já estou acostumando a ter que refazer o mesmo texto dez vezes, e isso é bom, pois acredito que será assim a minha vida toda. Pelo menos peguei o espírito da cabeça de gravação (a chamada para um boletim ou uma nota), não é assim tão dificil. Na verdade, escrever uma matéria nunca é dificil, o dificil é saber o que precisa estar escrito, a tal da "pegada jornalística".
É engraçado, acredito que a maioria das pessoas que escolheram jornalismo porque se apaixonaram por ele, pensavam que bastava saber escrever um texto para ser excepcional nesse trabalho. E não é que quando chegamos aqui, descobrimos que há muito dentre as entrelinhas! Ok, admito que não esperava por isso. Achei que seria mais fácil, entretanto, estou adorando o desafio.
As vezes cansa, dá um desanimo... Mas com tudo na vida é assim. Mas não vou desistir, nunca vou desistir. Não sou do tipo que aceita fracassar. Até criei um ditado pra minha vida: "Se for pra me apegar, me apegarei ao jornalismo. Porque ao contrário da maioria dos amores, ele não vai me abandonar".
Beijos,
JeHh B.

domingo, 29 de agosto de 2010

Luzes da cidade

Querida amiga,


Já faz tempo que não te escrevo, muito mais tempo que não te vejo. Só não se esqueça que eu sempre sinto sua falta, sempre sentirei. Lamento cada dia que passei sem você quando ainda podiamos estar juntas quase todos os dias. Desperdiçamos muito tempo. Mas a nossa amizade é atemporal, não importa quanto tempo passe, quanto as coisas mudem para nós, o que sentimos uma pela outra sobrevive em qualquer condição. É algo que nasceu conosco.

Sinto falta de ficarmos deitadas no chão tentando entender o mundo. Por que, raios, Deus criou tudo sem explicar? Lembro que sonhavamos em descobrir as respostas para todas as perguntas que tinhamos. Creio que consegui muitas das minhas respostas amiga, porque aprendi que quando a vida não faz sentido, então precisamos criar um sentido para ela. E ele é o real, o verdadeiro, simplesmente porque pensamos que é.

Também criei muitas mentiras para poder dizer que meus sonhos haviam sido realizados. Disso você sabe, não é? Você assistiu quando minha vida virou superficial, ficou ao meu lado e compreendeu que eu precisava passar por isso. As vezes queria ser como você, que não se preocupa com o futuro, que lida da melhor forma com o que tem hoje, sem se preocupar com o "e se...". Você é o meu ponto de equilíbrio, sem a sua presença, as vezes penso que vou ficar maluca.

Sabe que sempre fui ansiosa, que sempre quis fazer uma revolução com tudo o que me parecia estranho. Amiga, lembro-me de ficarmos emocionadas com as luzes da cidade, compartilhavamos a mesma sensação, embora hoje eu ache que por motivos diferentes. Quando via as luzes da cidade, do alto do seu apartamento, sentia necessidade de viver, de fazer as coisas acontecerem. Elas pareciam sussurrar para mim, dizer que o meu lugar não era aquele, não era o de quem ficava esperando que a vida acontecesse.

Aah! Como doía... Olhando para o passado, vejo o quanto eramos ingenuas. Pois veja, agora eu sinto que me tornei uma luz da cidade, agora eu entendo que as coisas dependem de mim e que o mundo é muito maior do que aquilo que meus olhos alcançam. Não sei para onde esse caminho que escolhi vai me levar, portanto, esteja ao meu lado, não me deixe esquecer meus erros, lembre-me sempre das minhas falhas. Lembre-me também que meus maiores sonhos e desejos se realizaram e que, por isso, minhas novas metas também podem ser alcançadas.

Lembre-me que tenho uma história de amor para contar. Se tudo der errado, lembre-me que fui a garota mais feliz do mundo. Você sabe que isso é importante para mim. Aprendi que não posso ter medo do amor, que pode fazer bem se dermos espaço para acontecer... Então, por favor amiga, se tudo der errado, lembre-me que eu vivi um sonho lindo.

Querida amiga-irmã, te deixo aqui, mas somente em palavras. Você está sempre em meu coração e em meus pensamentos. Obrigada por ser aquela pessoa que, gentilmente, não me deixa voar para longe.



Com carinho,
sua amiga de berçario.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Escória cultural

É fato que para cada pessoa na Terra, a vida possui um sentido diferente, assim como não existem duas pessoas iguais, duas crenças com a mesma ideologia. O sentido de viver, seja qual for seu significado morfológico, é uma parte da identidade das pessoas. Diz quem são elas e como encaram o mundo.

Logo, é patente que, assim como uma personalidade não é identica a outra, há divergências quando dois individuos de nações diferentes precisam entender-se e respeitar-se mutuamente.

Para a maioria dos ocidentais, a satisfação resume-se em possuir coisas. Comprar um carro, comprar uma casa, conseguir um emprego, comprar um livro, comprar... Comprar. A felicidade passou a ser sinônimo de conquista, as pessoas gastam a maior parte do tempo fazendo planos sobre as coisas que querem do que as coisas que precisam.

Ademais, como diz Mo Sung*, "não vivemos mais em uma civilização em que se trabalhava para viver, onde as questões econômicas - como trabalho, consumo e acumulação - estavam subordinadas à finalidade de viver bem; mas em uma civilização onde vivemos para trabalhar, ganhar dinheiro e consumir mais".

A busca pelo bem material impregnou-se na cultura do cidente que um dia lutou contra a opressão socialista, dando voz ao liberalismo. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, a vitória do capitalismo não trouxe liberdade. Uma vez que, embora o Estado não ofereça restrição às escolhas particulares de sua sociedade, ela se submete ao poder das empresas.

Afinal, no século XXI, em todas as esquinas, há a exibição descarada das marcas que monopolizam as tendências sociais. E foi a isso que se resumiu a crítica popular, acompanhar tendências. Já há quem diz que os seres humanos estão se tornando consumidores vazios em ideologia, sendo dominados por pedaços de plástico, metal e luz.

Se estão ou não, ainda há de se descobrir, porém, uma questão é evidente: a população, virou público, massa. Algo que se estuda para poder vender produtos. Entrementes, dentro de tudo isso há uma incoerência, afinal, como pode os integrantes da "massa" terem, cada um, um sentido próprio para suas vidas?

É, talvez o mundo não esteja perdido. Talvez não sejam todos vazios em ideologia.

Jéssica Bueno



"Caminho perdido na serra
Caminho de pedra onde não vai ninguém
Só sei que hoje tenho em mim
Um caminho de pedra no peito também "

(Tom Jobim)

*Mo Sung - Educar para reencantar a vida

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quanto mais...

estudo jornalismo, mais me apaixono.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

John Flanagan

Halt encolheu os ombros.
— É a guerra — respondeu ele — o truque é saber quais os riscos tomar.
— E como você sabe disso? — Borsa perguntou-lhe, sentindo que o pequeno barbudo estrangeiro havia ganhado a confiança e a aceitação do Oberjarl e seu Conselho de Guerra.
Halt sorriu enfaticamente para ele.
— Você espera até que acabe e veja quem ganhou — disse — Então sabe que aqueles eram os riscos certos a tomar.
(Ranger - Ordem dos Arqueiros)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Planjemente da Comunicação

Olá queridos leitores silenciosos, cá estou para compartilhar uma pequena experiência.


Tudo começou sábado quando eu e o pessoal nos encontramos na Sergel, para fazer o trabalho de Planejamento da Comunicação, mais precisamente como uma desculpa para tomar um bom sorvete.

O trabalho é uma pesquisa em uma banca de jornal sobre os temas, editoras e periodicidade das revistas e jornais. Escolhemos uma banca bem perto da sorveteria, embora eu ache que se não houvesse uma banca ali, abririamos uma. Nesse dia, salvos ou não, o funcionário da banca disse que apenas o dono poderia nos dar as respostas que precisávamos. Oh! A unica saída foi tomar sorvete mais cedo.

Como resultado, hoje tive que voltar lá para ver se conseguia minhas respostas. E de fato consegui. O dono da banca foi bastante atencioso comigo e, um tanto paciente. Me disse o nome de todas as revistas, separadas em categorias.

De uma forma ou de outra, esperava que teria um pouco de trabalho em conseguir as respostas, a maioria das pessoas não é muito solidária para com jornalistas, quanto mais para estudantes de jornalismo. A boa vontade dele me surpreendeu. Assim como o fato de, delicadamente, ter pulado as revistas masculinas como Playboy, Sexyhot e afins. Considerei tal atitude como um exemplo de respeito.

Não sei porque esses pequenos detalhes tenham me impressionado tanto. Talvez eu esteja acostumada a lidar com pessoas orgulhosas, que me ignoram ou simplesmente me tratam como se eu não merecesse sua atenção. Estou tão preparada para lidar com esse tipo de pessoa que não me preparei para lidar com pessoas solidárias, que ajudam de boa vontade mesmo sem receber nada em troca.

Isso me fez pensar que estou vivendo num mundo duro e me esquecendo que há melhores. Não tenho palavras para descrever o quanto fiquei agradecida e comovida pela forma como aquele homem me tratou. E é isso que eu gostaria de compartilhar com vocês. Hoje senti na prática que educação e boa vontade, se não construir um mundo melhor, ao menos constrói vidas e pessoas melhores. E elas podem fazer a diferença se quiserem.


Eu quero, eu farei.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Livro da vida - Ilha das Flores

Prólogo

"Se todas as coisas
Que falam que são do mal
Não têm sequer um pouco de amor
Então tenho que chegar a algum lugar
E não morrer sem ter o que fazer"
(Legião Urbana)

Capitulo X


Epílogo

sen.ti.do
adj. 1. Magoado, melindrado. 2. Sensível, suscetível. 3. Contristado, pesaroso, triste. 4. Lamentoso, plangente. S. m. 1. Cada uma das funções pelas quais o homem e os animais recebem a impressão de objetos externos por meio dos órgãos apropriados: visão, audição, olfato, gosto e tato. 2. Faculdade de sentir. 3. Maneira de ser compreendido. 4. Interpretação dada a uma palavra ou frase. 5. Lado, direção. 6. Razão de ser, significação. 7. Posição regulamentar (de pé, imóvel, calcanhares unidos, mãos coladas às coxas) tomada pelos militares em certas ocasiões. S. m. pl. 1. Faculdade de experimentar o prazer; concupiscência, sensualidade. 2. As faculdades intelectuais.

Carta ao leitor

Caros leitores silenciosos, trago hoje uma reflexão. O vídeo Ilha das Flores apresenta fatos sobre a realidade e deixa o julgo para que o assistiu. Em discussão sobre ele na faculdade, percebi que cada um o interpretará de uma forma diferente e essa forma não é, necessariamente, certa ou errada, apenas diz respeito à criação e personalidade. Porém, proponho um caminho para refletir: Há um sentido na vida? Há um sentido para a vida?

Será possivel que o significado da vida mude quando se muda o meio social ao qual determinada pessoa está incluida?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Borboletas


Estava caminhando sobre o sol, acreditando que aquele seria um dia como outro qualquer, que olharia os pássaros e sorriria para as flores. Que desfrutaria o prazer de ver a rotina da beleza presente na simplicidade da existência.

Encostei na mesma árvore de sempre, esperando, dessa forma, fazer companhia para sua vida monótona e satisfatória e compartilhar a paz de seu silêncio. Ela era uma velha amiga. Eu a amava porque não tinha palavras para me consolar em dias tristes, nem para chamar minha atenção em dias felizes. Apenas ficava ali, sem exigir nada, sem precisar de mim.

Entretanto, naquele dia normal, ela falou. Porque o fez, não sei. Contou-me sobre o passado, sobre uma garota com vestido de seda rosa, que num dia como aquele, a abraçou e chorou. Chorou porque descobriu que sua vida era ilusão.

A história da garota era comum. Seu amado não cumpriu suas promessas de amor, deixou-a quando a filha de um barão mudou-se para a cidade. Quando perguntei a ela por quê não confortou a pobre menina, respondeu-me:

"A natureza da humanidade é instável. Humanos não foram feitos para prender-se a algo sólido e eterno como eu. E embora sua maioria não consiga enxergar isso, conseguem encontrar sempre outro motivo para viver, outro alguém ou alguma outra coisa na qual se prender."

"Ora, então não farei mais isso. Não me prenderei a nada ou a ninguém!" Apressei-me a dizer.

Por alguns minutos ela não disse nada. Até que me surpreendeu ao perguntar. "Você sabe amar?"

"Bem, eu já amei..." Respondi, incerta. Nunca encontrei as regras do amor para ter certeza de saber amar.

"Nunca amei. Não sei amar. Não preciso amar." Ela me disse, com sua voz dura. "Só preciso alimentar-me dos elementos que me rodeiam e existir. Tudo o que eu sou é uma certeza sem sentimentos. Talvez, se pudesse sentir, também gostaria de me aprender àquilo que me faz bem."

Quando terminou de falar, um sentimento estranho me acometeu. Parecia haver borboletas dentro de mim. Estava confusa e com medo. Não entendi ao certo o que a Árvore quis dizer, porém, guardei suas palavras em meu coração.

Pensei no futuro, no que ele está guardando para mim e as borboletas se agitaram ainda mais, deixando-me enjoada. Então, fui salva de meus pensamentos por um trovão que obrigou-me a correr da chuva.

Mais tarde, naquele dia, deitada nos braços de alguém que me amou, olhei para a solitária Árvore no meio da chuva e me senti feliz por ser humana. Talvez eu nunca entenda ao certo o que ela quis dizer, contudo, poderei sempre buscar respostas aonde for e levar comigo ou ir atrás de tudo aquilo ao qual não posso me prender.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Ela



Ela me agarra pela manhã e me prende na cama,
e em seus braços eu poderia ficar até que outro dia chegasse.

Ela me faz tomar duas xícaras de café com leite,
só para me agradar, me dar mais tempo para desfrutá-la.

As vezes ela me persegue durante a tarde,
me acompanha até em momentos íntimos.

Tem dias que ela me força a ceder todas as suas vontades,
não sei se a amo demais ou a quero fora da minha vida.

Ela me adora. Ela te adora. Geralmente vem as terças.
Não há como escapar da preguiça!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Frank Fellita

" - Sinto muito não poder ajudá-lo - dissera o pai de Mack em iídiche*, chorando. - Trata-se de um homem, de uma criatura feita à imagem de Deus, com uma mente e um espírito que poderiam ter sido a salvação do mundo. Sinto muito não poder ajudá-lo.

Um sorriso humilde franziu os lábios de Brice Mack quando ele pensou em todas as avenidas que Reggie Brenningan - aquela criatura feita à imagem de Deus - abrira para ele. Então, lembrando-se do que lhe dissera Elliot Hoover, parou de sorrir. A máquina [do mundo] continua a funcionar por si mesma - posicionando forças, criando acontecimentos, trazendo pessoas..."


(As duas vidas de Audrey Rose)
*Iídiche: conjunto de dialeto judeu-alemão ou judeu-polaco.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Felicidade a la Jabor

A felicidade é uma obrigação de mercado


"Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais 'comercial'. A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Esta 'felicidade' infantil da mídia se dá num mundo cheio de tragédias sem solução, como uma 'disneylândia' cercada de homens-bomba.

A felicidade hoje é 'não' ver. Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelas desgraças, não olhar os menininhos-malabaristas no sinal, não ter coração.

[...]

A ideia de felicidade é ser desejado. Felicidade é ser consumido, é entrar num circuito comercial de sorrisos e festas e virar um objeto de consumo. [...]

Bem - dirão vocês - resta-nos o amor... Mas, onde anda hoje em dia, esta pulsão chamada 'amor'?

O amor não tem mais porto, não tem onde ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar. O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarradao, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perder-se dentro de 'olhos de ressaca', nem o formicida com guaraná. Mas, mesmo assim, continuaremos ansiando por uma felicidade impalpável.

Uma das marcas do século 21 é o fim da crença na plenitude, seja no sexo, no amor e na política.

Se isso é um bem ou um mal, não sei. Mas é inevitável. Temos de parar de sofrer romanticamente porque definhou o antigo amor... No entanto, continuamos - amantes ou filósofos - a sonhar como uma volta ao passado que julgávamos que seria harmônico. Temos a nostalgia lírica por alguma coisa que pode voltar atrás. Não volta. Nada volta atrás.

[...] O amor hoje é o cultivo da 'intensidade' contra a 'eternidade'. O amor para ser eterno hoje em dia, paga o preço de ficar irrealizado. [...] Há que perder esperanças antigas e talvez celebrar um sonho mais êfemero. É o fim do 'happy end', pois na verdade tudo acaba mal na vida. Estamos diante do fim da insuportável felicidade obrigatória. Em tudo.

[...] Usamos uma máscara sorridentes, um disfarce para nos proteger desse abismo. Mas esse abismo é também nossa salvação. A aceitação do incompleto é um chamado à vida.

Temos de ser felizes sem esperança. E este artigo não é pessimista..."

(Arnaldo Jabor, escritor, jornalista e cineasta)


Não sei o que ele é mais, se escritor, jornalista ou cineasta. Apontaria para escritor e cinasta. Um professor meu da faculdade diria que não há como ser jornalista e literário ao mesmo tempo, são duas coisas distintas. Até a metade do artigo, fui tragada pelas palavras de Jabor, caindo em suas armadilhas linguísticas e acreditando, quase reverenciando suas palavras.

Entretanto, só quem tem um hábito continuo de leitura e escrita consegue ver através do texto, consegue identificar o escritor que acredita no que diz e tenta convencer o leitor, daquele que "sabe que suas palavras são verdadeiras", não convence, não explica. Dita, ordena, conta. Ah, e quão perdido está quem acredita em tudo!

Também não sei o que me incomoda mais, a repetição de palavras ou o pessimismo. Além, é claro, da contradição. Pois começa o texto dizendo que "Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado" e termina alegando que "Estamos diante do fim da insuportável felicidade obrigatória". Talvez eu tenha me perdido em seu raciocínio, entrementes, creio que até mesmo ele se perdeu um pouco.

É evidente que ninguém mais morre de amor, que a plenitude e a crença na eternidade está morrendo. Isto é resultado a evolução, uma vez que os seres humanos buscam, desde os primórdios, a realidade, respostas racionais para cada elemento que cerca suas vidas. Contudo, o que dá-lhe direito de dizer que "tudo acaba mal na vida"?

Viver, sonhar, sorrir, amar. Tudo depende de como a vida é encarada e de como se aprendeu a lidar com problemas. Aprendi a nunca desistir. Se não é possivel ser feliz sempre, ao menos é possivel encontrar a felicidade de novo, de novo e de novo. Não importa o quanto o mundo tenha mudado, porque cada Era apresenta o seu desafio e apenas o "novo" pode vencê-lo.

Em apenas uma coisa concordo com Jabor: "Nada volta atrás".

sábado, 31 de julho de 2010

O amor é uma droga

Hoje li no jornal um artigo bem interessante de Joaquim Zailton B. Motta, psiquiatra e sexólogo, falando sobre a pesquisa de Helen E. Fisher, antropóloga canadense, sobre os aspectos biológicos do amor não correspondido.
"Todos os participantes tiveram altas pontuações em um questionário que mediu a intensidade dos afetos românticos. E também disseram que os pensamentos dedicados à pessoa amada ocupavam a mente pelo menos 85% do tempo em que permaneciam acordados. Os cientistas descobriram que, enquanto olham para as fotografias dos "ex", os homens e mulheres rejeitados têm ativadas as regiões cerebrais associadas com recompensa, ansiedade de dependência, controle das emoções, dor física e angústia.
[...] É possivel que essa resposta à rejeição romântica possa ter uma base antropológica: os circuitos cerebrais do amor desenvolveram-se há milhôes de anos para que os nossos antepassados concentrassem a energia do acasalamento em apenas uma pessoa por um dado tempo. Quando rejeitada no amor, é como se a pessoa perdesse o maior prêmio da vida, ou seja, um parceiro para o acasalamento. Então, o sistema é ativado para tentar a reconquista."
Interessante como para tudo na vida há uma explicação histórica. É assim com as ações humanas, tudo o que determinado individuo realiza é recorrente do que aprendeu e de como aprendeu. Do que viu, ouviu e sentiu. Assim sendo, também se pode dizer que as pessoas influenciam direta ou indiretamente na vida umas das outras, tendo em vista que a educação e os costumes é derivado da sociedade ao qual estão incluidas.
Outro ponto que me chamou atenção foi a existência do GEA (Grupo de Estudos sobre o Amor), criado pelo próprio Dr. Joaquim Zailton B. Motta. O grupo realiza encontros toda segunda-feira no Tênis Clube, às 20hrs, com eventos, oficinas, palestras, debates abertos ao público, em que é proposta a reflexão sobre a teoria e a prática do amor em várias das suas dimensões, compartilhando temas, idéias, perspectivas. Quem quiser é só comparecer, não é necessário fazer inscrição.
Bom, como diria meu querido ex professor Fábio de biologia, não estou ganhando nem um tostão para fazer a propaganda então, se quiserem mais informações, acessem: http://www.blove.med.br/
Que o animal se manifeste e dê a vocês um ótimo dia do orgasmo!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Brisingr - Christopher Paoline


"Ele inclinou a cabeça e se aproximou para decifrar os símbolos que ela desenhara. Estava escrito: O trapaceiro, o charadista, o guardião do equilíbrio, o de muitas faces que encontra a vida na morte e que não teme nenhum mal; o que caminha através das portas.

- O que a levou a escrever isso?

- A idéia de que muitas coisas não são o que aparentam"

terça-feira, 27 de julho de 2010

Herança

As pessoas sempre me disseram que mulheres nunca devem deixar homens seguros de seu amor. Talvez eu não saiba amar. Porque quando amo, é intensamente. Não sei amar aos poucos, aos pedaços. Cada abraço, cada beijo, cada noite de amor carrega a essência do que sou e toda minha paixão.

Quando tenho amor, meu mundo possui mais estrelas do que o céu; e no entanto, me aconselharam a esconder isso. Lamento, falhei. Pois não sei ser feliz sozinha, quero que todos ao meu redor sejam felizes e jamais hesitarei em sorrir para alguém e encontrar caminhos para ser feliz.

Sou insana, estou alto nas nuvens. Disse no começo que não teria medo de quedas e alturas. Pois é. Já despenquei. O chão estava tão perto e foi tão desesperador... Rezei aos deuses, meu mundo acabaria? As luzes finalmente seriam acesas para mim?

Foram. A realidade é cruel quando pega de surpresa, porém, por ironia, eu não estava surpresa. O medo dissipou a minha nuvem, me soprou para longe, para baixo. Ali estava o meu precipício, a minha dor. Pude vê-la como é e como foi, tão igual apesar das circunstâncias serem diferentes.

Eu não aceitei sofrer, escolhi o caminho mais difícil, quando vi um pássaro voar livre no céu e percebi que compartilho sua liberdade para seguir caminhos de escolha própria, para ignorar o que as pessoas dizem que é certo. Afinal o certo para mim nunca foi como para os outros, sempre fui diferente ao caminhar e ao lidar com problemas. O coração é meu e decidi que posso protege-lo como quiser.

Mais uma vez me entreguei ao amor, viver é fazer loucuras por ele e não tenho medo algum de me arrepender, simplesmente por ser o medo a diferença entre o que pode dar certo e o que pode dar errado. Quando se tem medo, não se luta como se deve lutar, porque se olha apenas para o que pode perder e não para o que pode ganhar.

Talvez eu não saiba amar, contudo, amo.
Sou feliz assim e não aceito a herança de insistir em esperar que a vida aconteça.



Aprendo rápido, não se preocupem, tenho um plano.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

You


Quando eu era mais nova
Vi meu próprio coração se partir
E tive que remontá-lo sozinha
Ele apenas assistiu, riu.

E esse foi o dia que eu prometi
Nunca acreditar novamente no amor
Mas lindo, você é a minha exceção

Talvez eu saiba em algum lugar no fundo de minha alma
Que o amor nunca dura
E nós temos que arranjar outros meios de seguir em frente sozinhos
ou manter o semblante impassível

E eu sempre vivi assim
Mantendo uma distância confortável
Porque nada disso nunca valeu o risco
Mas você é a única exceção

E agora eu sei exatamente o que fazer
É bom recomeçar, poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo amor, eu estava lá também

Estava lá quando aprendemos que era possivel juntar amor, liberdade e ser feliz
Quando sutilmente percebemos que pertenciamos um ao outro
Quando todas as regras que eu tinha, você quebrou
E eu me apaixonei por cada dia que vivemos

Eu me agarro firme à realidade
Mas não posso deixar de ver o que está aqui diante de mim
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião

E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Você é a unica exceção

Estavamos nas nuvens e quase caimos no chão
De repente eu não pude ver o brilho dos seus olhos
Senti a distancia de sua mão
Mas agora eu sei exatamente o que fazer

Estou andando no sol amor,
não tenho para onde correr
Mas vou encontrar um caminho por você
Porque você é minha única exceção
[intertextualidade de: the only exception, só os loucos sabem e walking in the sun]

sábado, 12 de junho de 2010

Luna

O mundo está enlouquecendo, nada mais é como era antes.
Mudanças são inevitáveis em toda existência, porém, no fundo de minha alma há uma parte de mim que não é capaz de compreender. Ela me corrompe.
Mais uma vez sou duas e não sei o que fazer com as vozes em minha mente.

Fecho os olhos e quero acreditar que vou conseguir seguir o caminho que meu coração escolheu.
Não conheço esse chão, não me acostumei a respirar esse ar, contudo, insisto, insisto em prosseguir.

Não posso mais fugir do que me assusta. Sempre me senti corajosa, e só agora posso ver quantas mentiras levantei para construir a muralha que defende meu coração.
Será que nunca mais serei alguém completa?
Será que sempre que eu pensar que consegui me refazer, que consegui encontrar aquela parte de mim que foi perdida, descobrirei que tudo não passa de mentiras?

Não.
Não quero mais fugir. Não quero mais fazer das minhas certezas, ilusão.
Desisti delas uma vez, foi o certo na época.
Entretanto, isso não significa que seja o certo agora.

Da primeira vez, descobri que "ideal" não é amor.
Da ultima, descobri que palavras não constroem vidas.
Agora aprendi que o medo destrói sonhos com a velocidade de um furacão.

Quero me livrar desse medo. Quero dizer: EU CONFIO!
Só isso pode me salvar. Aonde está minha coragem? Aonde está a minha força?
Aonde estou?

Preciso parar de procurar aquela parte de mim, nunca vou encontrá-la.
Se foi para sempre, se perdeu no precipicio da dor.
Então percebo que perdi muito de mim, mais do que desconfiava.

Vou superar isso de uma vez por todas.
Não vou cair lá novamente, não vou permitir que isso aconteça.

Descubro que sempre há dois caminhos na vida, o mais fácil é desistir dos sonhos e deixar que o conformismo nos leve. O mais dificil é aquele em que temos de lutar, e não é por sonhos. É pela felicidade.
Escolho esse caminho. Não vou desistir de ser feliz, não vou desistir das pessoas que amo e das coisas que me fazem agradecer estar viva.

É mais fácil sofrer. É mais fácil sentar no chão e se lamentar do que não se tem. É muito mais fácil sentir pena de si mesmo.

Mas gosto de desafios. Decido agora encontrar minha coragem.
Decido ouvir a voz que me lembra dos bons momentos da vida, eles me trarão força.
O medo sempre existirá, mas ele não pode me vencer.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

LUTO




Hoje, alguém que eu conhecia foi espancado até a morte.
Hoje, fechar os olhos e imaginar um rosto simpático sendo chutado e pisoteado, é de enregelar o coração.
Hoje imaginar aquela pessoa, que me tratou tão bem, com mãos e pés amarrados e sendo agredido sem poder se defender, é uma cena horrível.

Hoje, amanhã e todos os dias.

É evidente que a violência está solta no mundo, em cada cidade, em cada bairro e em cada praça. O mais irônico, é que ela é uma das poucas coisas que não faz distinção de classe, une os seres humanos pela podridão de sua alma, ou talvez, estes se unam pela pobreza de espírito.
Não sei. Ultimamente é difícil encontrar o começo e o fim da maldade, ela tem muitos nomes, muitos rostos, muitas explicações, contudo, nenhum motivo.

Hoje estou de luto pelo mundo inteiro.

Porque a vida vale tão pouco pra tanta gente e talvez seja por isso que o mundo esteja mais feio a cada década. Tão feio que é mais fácil ignorar e fingir que tudo o que é fácil é melhor.

Hoje, se o mundo tende a ser um saco de escórias, penso que não vale a pena viver nele.

Mas hoje e somente hoje. Afinal, embora seja mais fácil desistir de lutar, prefiro gastar meu tempo no mundo tentando deixá-lo mais bonito.
E muito menos humano. Pois a humanidade que se apresenta a mim, é aquela que não suja as mãos de sangue para se alimentar.
Tenho vergonha de pertencer a essa raça tão excluida da natureza.

Hoje estou de luto, e luto para amanhã, não mais estar de luto.


Jéssica.





"A não-violência e a covardia não combinam. Posso imaginar um homem armado até os dentes que no fundo é um covarde. A posse de armas insinua um elemento de medo, se não mesmo de covardia. Mas a verdadeira não-violência é uma impossibilidade sem a posse de um destemor inflexível."
(Mahatma Ghandi)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Fala Foca - terminado!

Olá Pessoal! Puts, que mancada, eu sumi!
O fato é que tudo está muito corrido esse mês. vários trabalhos complicados e tal. Tinha plavejado váárias coisas para postar, mas tudo ficou nos planos! Céus, preciso mudar isso.

***

Anyway, vamos ao que interessa: Fala foca terminado!
O nosso trabalho ficou muito legal, meus dedos coçaram várias vezes de vontade de deixar tudo registrado aqui, só que não podia, vai que alguém de outro grupo decidisse praticar o plágio?
Ok, mas agora nada me impede.

Nosso jornal é: Ponto G1 - O Jornal que penetra na notícia.

Âncoras: Tomas Turbando Pinto (Pedro) e Eva Gina (Juliana)
- Foto ao lado (Pedro atrás e a Juliana de vermelho)
Repórter: Maria dos Prazeres (Cecília)
Externa: Lisa, a vítima entrevistada (Jéssica)
Externa: Tadeu, padre acusado (Danilo)
Moça do tempo: Rebeca Caliente (Raysa)
- Foto ao lado (A garota de branco)
Tiete ou moça das libras: Caroline

Roteiro: Vinheta

Interna 1

Tomas: Boa noite.
Eva: Boa noite, começa agora o Ponto G1.
Tomas e Eva: O jornal que penetra na noticia.
Eva: Veja agora as principais noticias.
Tomas: Silvio Berlusconi lança livro de amor e em mais um ato de modéstia diz "ter fila" de mulheres atrás dele Já Silvio Santos declara: "Parei de cantar a 'pipa do vovô não sobe mais' depois da invenção do Viagra.
Eva: Para evitar o acumulo de cargos, governadores,ministros e secretários estaduais se apressam e iniciam troca-troca.
Tomas: Até 2020, 30% da população mundial ficará sem combustível. A alternativa é investir no gás e garantir muito óleo para lubrificar.
Eva: O índice da Bolsa de Valores de São Paulo com investimentos aquecidos sobe,sobe,sobe e chega ao climax.
Tomas: A programação será interrompida para uma rapidinha. Nossa repórter Maria dos Prazeres está ao vivo em uma igreja no bairro do Botafogo. O que está acontecendo ai Maria?

Externa

Maria: Boa noite Tomas. Estou ao lado de Lisa, uma fiel que acusa o padre Tadeu de assédio sexual. O que houve?
Lisa: Então, sabe, eu tava indo comungar, e quando cheguei perto do padre eu senti uma coisa batendo na minha perna. E que coisa era aquela!
Maria: Vamos agora conversar com o padre acusado para saber o que ele diz em sua defesa. Padre,o que o senhor tem a dizer?
Tadeu: Minha filha eu sou padre mas não sou de ferro. Remédio para artrite é diurético e eu só queria tirar água do joelho. Isso não é assédio! Aproveito essa visita abençoada para divulgar meu novo cd...
Maria: Voltamos agora para o estúdio. É com vocês Eva e Tomas.

Interna 2

Eva: Obrigada Maria. E agora a previsão do tempo.
Rebeca: Amanhã em todo o norte e nordeste do Brasil fará muito calor, capaz de deixar toda a população molhadinha...de suor. No sul a máxima não passa dos 12° C e no sudeste e centro-oeste ventos de até 80km/h capazes de levantar tudo!
Tomas: Obrigado Caliente. E seu Ponto G fica aqui... ãhh... O seu Ponto G1 fica por aqui!
Eva: Boa noite, fiquei agora com o sucesso inédito 'A lagoa Azul'. Até amanha.

***

Produção: passo a passo

Processo
Posso dizer que foi maravilhoso fazer todos os processos do trabalho. Definimos o texto por e-mail, cada um contribuindo com alguma idéia, posso dizer com toda sinceridade que esse é o grupo que eu mais gosto, todos sabem conversar e se ouvir e ninguém fica parado enquanto os outros fazem o serviço.
Durante todo o trabalho, a maior preocupação é o tempo. O professor não queria que nenhum jornal tivesse mais do que três minutos, e tentar fazer coisas engraçadas sem ter tempo para as pessoas pensarem na piada, é um desafio! Bom, pelo menos para mim, que não sou engraçada nem fantasiada de palhaço.
Ensaiamos em um único dia, na casa do Danilo, em pleno domingo, dia 11 de abril. Acordamos cedo para nos encontrarmos no Extra Perto e viajarmos juntos até a casa dele (você sabe aonde é o ultimo bairro de Campinas? Vou dar uma dica, é longe!). E ainda demoramos meia hora a mais do previsto porque a Cecília ficou perdida na treze de maio! Tudo bem, essas coisas acontecem.

Ensaio
O ensaio foi super tranquilo. Antes de começarmos ainda discutimos um pouco sobre as areas do jornalismo, conversa que não existe com amigos de fora da facul. Começamos o trabalho quase 14hrs, cá entre nós, o almoço estava muito bom! O Pedro e a Ju tiveram que ensaiar várias vezes, a gente realmente pegou no pé um do outro. O problema da Ju era com o "Sobe...sobe...sobe!" e o do Pedro era em decorar as falas e decidir pra que lado olhar.
Outra questão que gerou polêmica foi como chamar a externa, a nossa tal de rapidinha, ficamos com medo do pessoal não entender que era uma notícia de ultima hora e etc.
Depois, tivemos que convencer a Cecília a imitar um cara famoso da televisão, esqueci o nome dele agora, mas depois eu edito. O lado bom é que conseguimos convencer, o lado ruim é que eu não conseguia parar de rir da cara dela.
Eu ri em todos os ensaios, sorte que na hora consegui me concentrar!!

Gravação
Foram dois dias de gravação, dia 12 de abril para as internas e dia 19 de abril para as externas. O Dan usou minha bata de primeira comunhão para a roupa do padre! E fiz ele usar a camiseta do avesso para não aparecer a estampa. Cuidei da maquiagem dos garotos e ajudei a Ju na dela. Mas fui uma péssima maquiadora para a Cecília e a Raissa foi nos socorrer. No primeiro dia, a correria foi passar a roupa da Ra, porque a tomada do camarin não estava esquentando o ferro. Ela acabou usando a roupa amassada e, por sorte, não pareceu que estava assim na tv. No segundo dia o problema foi com a capa do cd que ninguém tinha imprimido. Eu medi a caixinha e fiz a montagem no PS com as medidas, mas não deu certo. Que raivinha!!! No final, imprimimos na facul mesmo e com a imagem de tamanho menor do que o da caixinha. Pelo menos todo o resto deu certo!! Nosso cenário com toda certeza é o melhor! Fico realista DEMAIS.


Falha Nossa

A unica coisa do falha nossa, foi a Ceci errando na hora de chamar a interna. Mas a culpa foi minha. A primeira gravação ficou perfeita, mas eu sai correndo do palco e esbarrei numa cadeira, então o barulho ficou gravado também. Tinha que ser eu! Hahaha.

Abaixo, foto da equipe.


Agora estamos trabalhando no teatro que será a prova prática. Já estou escrevendo a história, com o novo membro do grupo, o Raul. Só que ainda não vou contar nada pra vocês!

Beijo-beijo,
JeHh.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Copidesque

Vou falar um pouco sobre jornalismo. Vou falar um pouco sobre o jornalismo do século XIX.

O copidesque é o filtro do jornalismo impresso. Tem a função de fazer uma verificação em toda matéria, é como um recurso editorial para a unificação da linguagem utilizada, e para salvar pequenos deslizes gramaticais.
Ele é também uma forma da instituição jornalística exercer vigilância sobre o que se publica ou divulga no anonimato, dificultando as escapadas que os jornalistas dão para, sutilmente, expor sua opinião sobre o assunto, contudo, ainda há esperanças de passar despercebida!

Sobre isso, Nelson Rodrigues, jornalista e escritor brasileiro (1912-1980), deu um depoimento manifestando a sua rejeição ao copidesque:

"Sou da imprensa anterior ao copidesque. (...) Na redação não havia nada da aridez atual... (...) Havia uma volúpia autoral inenarrável. E nenhum estilo era profanado por uma emenda. Jamais. Durante várias gerações foi assim e sempre assim. De repente, explodiu o copidesque.
Qualquer um na redação, seja repórter de setor ou editorialista, tem uma sagrada vaidade estilística. E o copidesque não respeitava ninguém. (...) Sim, o copidesque instalou-se como a figura demoníaca da redação. (...) Aliás, devo dizer que o copidesque e o idiota da objetividade são do mesmo gênero e um explica o outro (...) E o pior é que, pouco a pouco, o copidesque acabou fazendo do leitor um outro idiota da objetividade. A aridez de um transmite ao outro. Eu me pergunto se, um dia, não seremos nós cem milhões de copidesque. Cem milhões de impotentes de sentimentos."

Isso quase sufocou minha alma. Imaginar alguém metendo o bedelho no meu texto me dá arrepios. Contudo, é como dizem, ossos do ofício.
Em contrapartida, encontrei um trecho defensor do copidesque. Segue:

A atividade de copidesque é mais complexa que a de revisão. (…) Se um texto é mal redigido, com repetições injustificáveis, mal paragrafado, contendo ideias desconexas, primando pela falta de coesão e coerência textual etc., ele deve ser copidescado. No processo de copidesque, o profissional propõe, reescreve, revisita o original, com a finalidade precípua de ‘relavrar’ o texto. Há textos ricos em conteúdo, mas que não resistem a uma análise acurada. É nessa hora que o revisor (ou o copidesque) tem de exibir o seu conhecimento de leitura, de cultura geral, e sua habilidade na produção de texto, conferindo clareza ao trabalho.” [NETO, Aristides Coelho. Além da Revisão: critérios para revisão textual. Brasília: Editora Senac-DF, 2008]

Ok. Isso me deixou um tanto indignada.
"Se um texto é mal redigido, com repetições injustificáveis, mal paragrafado, contendo ideias desconexas, primando pela falta de coesão e coerência textual etc., ele deve" ser despedido. Esse cara deve ser despedido. Não se estuda quatro anos para exercer mal uma profissão! E quem é que contrata um profissional desses?

Posso dizer que, se alguém me oferecer um trabalho como copidesque hoje, aceito sem exitar. Contudo, não posso aceitar a forma como este autor exaltou a profissão. Como se todos os jornalistas que trabalham nas matérias fossem ignorantes, incompetentes. E não devem ser.
Precisam ser os melhores, pois são instrumentos de conexão da sociedade, quem faz as pessoas se revoltarem contra injustiças, contra a mizéria. Se unirem e se apiedarem quando desastres acontecem.

Com certeza, temos que ser melhores que nossos copidesques.

Entretanto, isso me fez pensar em como há pessoas insatisfeitas e trabalhando apenas por trabalhar. Apenas porque precisam sobreviver.
Alguns dizem que os jovens estão, cada vez mais, perdendo o interesse pelos estudos. Quem sabe seja preciso ver que os adultos estão, também, perdendo o prazer de exercer suas profissões. E então, de que valeu estudar todos aqueles anos? De que valeu se esforçar?
Será que já são os seres humanos "Cem milhões de impotentes em sentimentos"?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Análise do suicidio.


É comum, ao tratar de suicídio, que se leve em consideração apenas o lado psicológico individual de quem se suicidou, o que no século XIX era chamado de desordem psicológica. Contudo, para que se possa realmente entender os fatores que levaram um indivíduo a cometer tal ato, é preciso analisar o lado coletivo de sua vida.

Assim, pode-se dizer que o externo (convívio social) reflete diretamente no interno (particular), tendo em vista que o ser humano é criado para estar integrado numa sociedade, dividindo e aprendendo com ela valores como cultura, gostos, crenças e religião. De acordo com Durkhein, quanto mais os integrantes de uma comunidade compartilham costumes e idéias, mais intenso é o laço que criam entre si, estabelecendo uma relação de solidariedade, o que, para ele, contribui para uma baixa taxa de suicídios.

Logo, a idéia de que desordens psicológicas levam pessoas a tirar a própria vida tornou-se vaga, ao passo que estudos relataram que as desordens eram mais freqüentes na maturidade e, em contrapartida, os suicídios eram mais comuns à medida que a população envelhecia.
Esta é mais uma prova da relação entre o externo e o interno, pois é na idade adulta que o homem passa a ter maior dependência da sociedade, precisa trabalhar e manter a si e/ou sua família em boas condições, e quanto mais este se relaciona com outros, mais forte ou mais fraco ficará o seu juízo de valor e a sua moral, sendo que ambos conectam sentimentos e conceitos do particular ao social. O ser humano precisa ter uma âncora, algo que o ligue ao mundo ao seu redor, que o faça sentir a importância de estar vivo. Em geral, essa conexão é feita através do envolvimento familiar, religioso e até mesmo histórico-cultural ou histórico-conceitual, o que explica porque alguns povos, como os judeus, são menos propensos ao suicídio.

Portanto, é a forma como um ser se sobressai na sociedade que difere o seu comportamento e as suas atitudes perante a vida; se um indivíduo não sente que pertence a um grupo, que tem uma função para com ele, não entenderá a razão da existência.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Vida imperfeita

Encontrei um texto que fiz a alguns anos atrás, é só um texto. Mas gostaria de deixar registrado no blog, cara, me impressionei comigo mesma! Fantasminhas que me lêem, isso foi há muito tempo e não tem mais nada a ver comigo, ok!? Não se desesperem. Minha vida agora é quase perfeita!

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Eu o deixei em primeiro lugar na minha vida, e ele deixou um jogo em primeiro lugar na vida dele.
Eu o amei todos os dias desde que achei que ele fosse especial.

Eu disse a ele que o amava, ele disse que me amava e que eu era única. Mas ele acreditou num joguinho cretino, e não ouviu o que eu tinha a falar.
Ele foi embora, sem dizer adeus, sem dizer nada.


Então hoje eu subi as escadas de casa, procurando um motivo para continuar a pisar em cada degrau, pois quando eu chegasse la em cima, e começasse a cumprir minha rotina, ele não faria mais parte dela.
Sabe como é acordar e não ter a certeza da próxima vez que vai poder falar com o amor da sua vida?? Com aquela pessoa que sempre esteve com você quando você precisou?


Ele dizia que amava todos os dias, que precisava de mim pra viver, então um dia eu acordei e nunca mais o encontrei.
Ele nem se preocupou em mandar notícias... nem teve a consideração de procurar saber como eu estava, e eu aqui, sofrendo por ele.
Depois de tudo que passamos juntos, depois de tudo que ele me disse... aonde ele está?

Eu digo: não vou sofrer, não vou chorar.
Mas então lembro o quanto ele foi importante pra mim, e o quanto ainda é, e ele simplesmente não está aqui agora e não sei até quando.
Não há nada que eu possa fazer, não está ao meu alcance como eu imaginava.
Será que eu tenho que aceitar que de uma hora para outra acabou? É tão mais fácil quando te dizem adeus... quando justificam a sua ausência.
"Prefiro ouvir um 'não te amo mais', do que ter que aguentar o seu silêncio, e ficar imaginando o que se passa na sua cabeça."
As vezes acho que não vou suportar... porém eu não nasci com ele, e não preciso dele para viver, isto é opcional. Pena que meu coração não entende isso. Contudo, terá que entender.
Sim, faz falta... mas a vida continua.


Então eu tenho que encontrar todos os dias um novo motivo para sorrir, e dizer que está tudo bem. Na verdade não está, mas não importa mais, afinal as pessoas não verão que por dentro estou gritando, chorando e pedindo socorro... até chego a pensar, que estou me afogando dentro de mim mesma, e parte de mim se perdeu, ficou pra trás, esquecida.

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Oh! Drama de amores perdidos. O interessante de escrever sobre a sua vida é que um dia você pode olhar para suas desgraças passadas e ver o quanto elas eram pequenas. Vou contar essa história. Ele nunca me amou porcaria nenhuma e eu também não posso dizer que o amei. Fiquei triste, sim. Fiquei. Ele me encheu de mentiras, dele e minhas para mim mesma, e depois simplesmente virou as costas. Naquele momento, pareceu o fim do mundo. Doeu, mas não foi meu coração e sim o meu orgulho. Naquela época meu lado sentimental já estava abalado o suficiente para que outra pessoa pudesse me arrasar de novo.

Eu queria que ele fosse um salvador do que tinha me acontecido, porém, ele foi a minha certeza de que na vida não podemos fugir dos nossos maiores tombos, porque as pedras são maiores no caminho da fuga. Aprendi que temos que aceitar e continuar a viver a realidade. Pois, por mais que ela possa parecer cruel, nunca será cruel o bastante para valer a pena enganar a si mesmo, para aceitar uma vida de mentiras como eu aceitei nessa época. Mentindo para mim mesma que meu desejos haviam sido realizados.

Enfrentar a vida é sempre melhor, uma hora os desejos se realizam. Não completamente, claro. Afinal, os seres humanos parecem ter a necessidade de sempre querer mais de tudo e de todos.

Estranhos. Gosto disso.


Kiss, JeHh.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Homens-meninos, namorados malvados.



- Você está machucada?
- Não... Isso não é tão ruim. Eu apenas tropecei...

Se você tropeçar no amor, pode melhorar.
Mas se você cair no amor, você cairá para sempre.


Olá pessoal, desculpe a falta da semana passada, mas fico muito perdida em época de estudos e tal. Bom, essa semana comecei a ler um livro muito interessante.
Esse livro não conta história, na verdade é um exame meio psicológico, chama Mentiras de amor "O que os homens não sabem e as mulheres não admitem" da Deborah Mckinlay. E MENINAS, tem uma parte do lado masculino que eu nunca tinha parado pra pensar, mas não pude deixar de concordar com a autora. Segue:

Quando o homem é menino ele faz coisas desse tipo:
• a) Atira num passarinho com uma espingarda de ar comprimido.
• b) Enfia o cachorro da família numa caixa e bate nela com um enorme pedaço de pau.
• c) Tortura um gatinho com fogos de artifício.
O homem-menino se sente muito mal por ter feito essas peraltices. Ele carrega consigo a carga de culpa por um longo tempo. Então ele cresce, arruma uma namorada e conta a ela sobre tudo isso.
A namorada pensa que essa história, e o fato de o homem ter lhe contado, são uma prova da vulnerabilidade dele, de sua franqueza e de seu amor.
Ela não enxerga o que isso é realmente. É UMA HISTÓRIA ADMONITÓRIA.
Até o dia em que a namorada está frágil como o passarinho, irritante como o gatinho, doce e devotada como o cachorro da família e o homem pega a espingarda de ar comprimida e atira nela.”

Agora tudo faz sentido! Então é por isso que quanto mais choramos, mais eles pisam em cima de nós.
Com certeza, toda garota já passou ou ainda vai passar por essa fase de maldade masculina. Se apaixonar e ao invés de ser correspondida, é massacrada sem dó nem piedade sendo que, cada lágrima do rosto da pobre criatura é um troféu para o ego daquele garoto que está aprendendo a ser um homem muito, muito bipolar no aspecto amoroso. Ok, não gosto de generalização, então vou ressaltar: não todos, mas grande parte deles são assim.
E mesmo quando os sentimentos são correspondidos, haverá a fase “te chuto, porém te amo”, a qual se refere o trecho acima. Todo ser humano precisa de um ponto de fuga, algo para descarregar seus sentimentos reprimidos, nesses momentos, as mulheres ficam frágeis e procuram por alguém mais forte, que possa ajudar a restabelecer o controle. Os homens, bem, eles precisam de um ser frágil para se sentir mais fortes e conseguirem ter controle de suas vidas.
Há quem possa defender-se dizendo que é um comportamento instintivo, contudo, já faz séculos que o ser humano deixou de agir por instinto e passou a fazer uso da razão. Não é a toa que dizem que as mulheres estão à frente...

“A mulher adquire uma postura totalmente defensiva. Ela cerra os dentes e se contém. Quando mão consegue mais ocultar a evidência das suas lágrimas, conta às amigas que estão passando por ‘um mau momento’.
Ele não consegue controlar seu homem-menino. Ele é quase compulsivo em sua crueldade. Esta mulher simplesmente não vai revidar. Ele a atinge com mais força. Não consegue se conter. Apenas quer ver o quanto esse pobre e estúpido animal irá aguentar.
Quando o homem finalmente ergue os olhos e vê o sangue manchando as penas brancas do peito da avezinha, quando ele pára de gritar e escuta os ganidos da sua devotada companhia canina, quando se imobiliza por um instante e sente o gatinho esfregar suas pernas...
Ele se sente uma droga”.

Talvez seja por isso que os homens dizem que as mulheres são confusas, dá pra não ficar confusa com um ser assim? Num dia eles estão com aquele olhar frio e cruel que combina sadicamente com sua expressão de prazer, riem enquanto atiram nos pobres animais. E no outro chegam com a cabeça baixa e olhar suplicante. São, então, vitimas da sua própria raiva. “Oh! Eu nunca quis te fazer sofrer, eu não pensei no que estava fazendo, me perdoe”, e como se já não bastasse tanta falta de vergonha, acrescentam “Eu sou mesmo um idiota”.
De fato, são. Espero que mais garotas tenham coragem de dizer isso, e precisam começar a praticar desde cedo. Uma menina pode gostar de um garoto e chamar isso de amor, ela com certeza vai sofrer por esse sentimento cedo ou tarde e esse garoto sempre vai tentar se redimir, geralmente tarde demais, e então ela se pega pensando em dizer “tudo bem, fofo” , porque ela ainda tem esperança que ele possa ter guardado as lágrimas que ela chorou e transformá-las em sorrisos. Alguém precisa dizer a essa menininha que isso não vai acontecer. Alguém tem que dizer que é preciso cortar o mal pela raiz. Seus sonhos já foram jogados no lixo e por direito ela deve dizer “Sim, você é mesmo um idiota”.

O bom sofrimento é aquele que ensina a não fazer a mesma coisa duas vezes. Se os sonhos de alguém forem tirados deste, ninguém vai levá-los de volta. Se um coração foi partido, quem o partiu raramente o concertará. E não pensem que eu estou dizendo que sofrer é bom, só que eu prefiro esquecer a parte do choro e do afogamento pessoal e lembrar apenas do que ele me ensinou. Não adianta se apegar ao que não funcionou direito.

Estou errada?

Kiss, JeHh.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Wonderland

Nós éramos jovens quando o vi pela primeira vez e eu era apenas uma menina aprendendo a juntar seus sonhos.
Como num conto de fadas, ele era meu príncipe, por isso lhe pedi que viesse me buscar, me levar para um lugar aonde ninguém pudesse nos encontrar, só para poder fingir que o tempo não existia e que nada poderia estragar a felicidade que sentia.

Não me importava que meu Romeu atirasse pedras em pássaros, eu era a princesa e estava construindo nosso castelo, tijolo por tijolo, antes que os lobos viessem para destruí-lo. Podia ouvi-los se aproximando, cada dia em que o esperava, era um dia mais perto dos cães selvagens, pensei que não viesse mais, que estaria perdida no meio de uma matilha faminta.
E então ele chegou, pegou a minha mão e me guiou pelo jardim do castelo, havia muitas flores de diversas cores e eu até podia voar com asas de borboleta. Pensei que estivesse no país das maravilhas, de pés no chão e cabeça nas nuvens.

Entretanto, algo parecia estar dando errado, ele sorriu para mim e se afastou. Fiquei confusa, tudo o que podia ouvir era um badalo frio e sádico. O chão pareceu sumir de meus pés eu estava despencando de ponta cabeça. Talvez estivesse enlouquecendo.
Os badalos continuaram, até que eu entendi. Era o relógio marcando meia-noite, era tudo um truque e pude sentir o desespero de Cinderela. Tentei bater minhas asas, porém elas não funcionavam mais. Tentei gritar, mas estava num conto de fadas, muito longe para que qualquer um me encontrasse, já havia me esquecido do gosto e do cheiro do mundo que deixei.
Tudo o que conhecia eram as lendas que me contaram, contudo, os ângulos estavam todos errados, como poderia lutar?

Tinha construído um mundo mágico, porque minha realidade era cruel demais para viver e agora descobri que não há como fugir da tragicidade da vida.
Me dêem uma pá, quero cavar um buraco para enterrar meu castelo, porque sim, eu vou sobreviver a isso. Mesmo que o mundo esteja se partindo, quando eu finalmente atingir o chão não vou apenas me virar, vou cavar bem fundo um buraco para enterrar meu castelo.

Nunca mais cairei num truque novamente, vou me defender até o fim, pois aprendi que se algo não é real, não há como enxergar, não há como sentir com o coração e então não vale à pena.
Eu não vou mais acreditar no que não posso ver.
Jéssica Bueno
Créditos:
Brick by boring brick - Paramore // Wonderland - Avril Lavigne // Love Story - Taylor Swift

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pontes partidas


O mundo sempre pareceu-lhe colorido demais, naquele momento a própria escuridão noturna era para ele luminosa, tinha a impressão de que as estrelas caíram do céu para brincar pelas ruas e avenidas da calma e quente Califórnia.
Sentiu braços macios e delicados o apertar em um abraço pela cintura, virou-se para encarar sua namorada, com olhos azuis indagadores, ela sempre parecia cismar que ele escondia seus pensamentos mais profundos. Bem, ela estava certa.

Mas não há como mudar a essência de um espiríto em fuga.

E ele fugia. Sempre parecia estar querendo escapar de alguma coisa, tinha a sensação que aonde quer que fosse, sempre haverá algo ou alguém atrás dele, pronto para aprisioná-lo. Como poderia dividir esses pensamentos com alguém? Certamente lhe chamariam de louco ou desconfiariam de uso de drogas de sua parte.
- Você está com aquele olhar profundo de novo, Drew - acusou Lily
- Bobagem. Estava aqui tentando entender porque as estrelas sumiram essa noite.
Mas os olhos maquiados de Lily se apertaram, ele nunca conseguia enganá-la.
- Não gosto desse olhar, parece que vou cair no seu abismo se ficar olhando-o por mais tempo.
- Então não olhe - disse ele, beijando-a intensamente. Durante alguns minutos, limitaram-se a abraços e beijos.
Contudo, já estava tarde e tinham que ir embora. Festas em prédios abandonados eram legais, mas só enquanto a polícia não descobrisse.
Caminharam em silêncio até o carro dela, antes entrar, porém, Lily olhou em seus olhos novamente e sua expressão estava triste
- Não posso não olhar Drew, porque ainda que o seus olhos pareçam abrigar o mar, seu amor por mim está aí em algum lugar, e eu nunca vou desistir de encontrá-lo.

Ele não respondeu. Queria poder dizer-lhe que a amava, entretando, durante aqueles dois meses juntos, essas palavras de afeição teimavam em enroscar-lhe na garganta. Ao invés de dizer algo, passou os dedos nos cabelos castanhos de Lilian, deu-lhe um beijo na testa e com uma piscadinha, caminhou em direção à sua moto.
Foi embora sem olhar para trás, fugindo daqueles olhos que teimavam em decifra-lo, fugindo daquela garota que o fazia querer ficar para sempre com ela.

E principalmente, fugia do desejo de não mais querer fugir.

Seus pais estavam acordados quando chegou em casa, o que era incomum para um dia de domingo. Sua mãe tinha no rosto uma expressão de quem tentava manter a calma. Seu pai passou o braço ao redor de seus ombros e disse:
- Venha moleque, temos que conversar.
Como ex-tenente do exército, seu pai tinha modos bruscos e uma maneira rigida de lidar com ele, era algo que não lhe fazia a menor diferença, pouco se importa de levar bronca ou uns cascudos. Era seguro de tudo o que fazia, e arrependimento era um sentimento pouco conhecido por ele.
- Você foi convocado pelo exército para cuidar da sede da ONU no Iraque. - Disse o pai de supetão quando chegaram na cozinha.
Uma onda gelada percorreu todo o seu corpo, quis pensar que era uma onda de adrenalina e não o puro terror que pareceu decidir montar acampamento dentro dele.
- Quando? - Foi apenas o que conseguiu dizer.
- Amanhã partem. Arrume suas coisas. Boa sorte.

Sua mãe quis fazer um lanche para ele, ele não aceitou. Quis ajudá-lo com a mala, ele não aceitou. Quis confortá-lo, ele também não aceitou.
- Me deixe fazer algo por você, meu filho. Não sei quando nos veremos de novo. - Suplicou ela.
Ele a abraçou comedidamente.
- Ei baixinha, você já fez muito por mim, me ensinou a andar, a distinguir o certo do errado e a amar. Agora é por minha aconta.
Ela o olhou longamente, como se o estivesse vendo pela primeira vez. O abraçou como se nunca mais fosse abraçá-lo de novo. E deixou o quarto a passos largos, como se nunca mais pretendesse entrar nele outra vez.

Andrew olhou ao redor, pegou seu saco do exécito e começou a arrumar suas coisas. Não podia levar muito, mas de qualquer forma, quando se caminha para morte não, não há muitas coisas que sejam realmente importantes. Meia duzia de cuecas, quatro camisetas brancas, quatro calças camufladas, meias, escova de dentes e uma foto.
Fechou seu saco, tomando o cuidade de deixar de fora seus sonhos, seus medos e suas lembranças. Preferiu organizar estes em uma pequena caixa que também continha uma foto. Endereçou-a a Lily, pensando no que ela lhe diria se ele fosse se despedir, provavelmente que não poderia ir a guerra sem esperança e amor. Bem, o segundo ele realmente não conseguia tirar de dentro dele, nem ao menos para dize-lo.
Porém, esperança, de que? De vencer uma guerra para que pudessem arrumar outra? De matar o suficiente para poder viver?

Para aquele jovem, não existia esperança numa guerra. Apenas o desespero, visto nos soldados que agarravam suas armas como se assim pudessem agarrar as próprias vidas.
Deitou-se na cama, logo seria dia de novo. Tratou de fechar os olhos, selando dentro dele o pavor, a sensação de perigo eminente, e sua vontade de fugir. Tudo pelo qual ele era capaz de lutar.

E lutou, mas de maneira nenhuma a guerra foi dentro dele.

sábado, 13 de março de 2010

Ex-presidiários saem nas ruas fazendo propaganda enganosa.

Na ultima sexta-feira (12), um grupo, envolvendo homens e mulheres, bateu de porta em porta, no período entre aproximadamente nove horas da manhã e três horas da tarde, no bairro Novo Chapadão em Campinas. Eles diziam estar fazendo uma pesquisa para o Senso e pediam para que os moradores respondessem a algumas perguntas e preenchessem um questionário.
Ao final destes, os integrantes diziam-se ex-presidiários da Bahia e exigiam que os moradores lhes dessem quatro cheques no valor de R$ 95,00. "No começo eles disseram que não envolvia dinheiro, e depois pediram os cheques." Disse a dona de casa Augusta. "Eu disse que não tinha o dinheiro, mas eles ficavam insistindo. Começaram a me cercar e a dizer que eram ex-presidiários, que saíram do mundo das drogas, que não matavam mais e esse dinheiro ia para a alimentação deles. Fiquei com medo."
A maioria dos moradores do bairro disseram que acabaram dando o dinheiro por se sentirem intimidados e moralmente agredidos. "Não vi outra saída a não ser lhes dar os cheques, eles não iam embora." Contou a dona de uma floricultura. "Temi pela minha família." Apenas os que puderam atende-los com os portões fechados conseguiram escapar.
Depois de pegar o dinheiro, o grupo dava a eles um minidicionário e um comprovante com endereço e telefone da Bahia, o que deixou os moradores confusos, no inicio tinham de responder perguntas para uma pesquisa do Senso, depois precisavam pagar o equivalente a R$ 380,00 para ajudar na alimentação dos ex-presidiários e por fim, estes lhes davam um minidicionário inglês/português.
Além disso, o fato do telefone e do endereço serem de outro estado, dificulta possíveis reclamações dos moradores, que não sabem o que fazer. "Meu marido quer sustar os cheques, mas eles sabem aonde moramos, tenho medo que voltem e façam alguma coisa" Acrescentou a dona de casa.

Em caso de golpes como esse a melhor coisa que se têm a fazer é chamar a policia para resolver o problema. Opressão é desrespeito aos direitos humanos, uma vez que consta na declaração:
"Artigo III - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal"
"Artigo XII - Ninguém será sujeito a interferências em sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem proteção da lei contra tais interferências ou ataques."
Reclame pelos seus direitos perante a sociedade, pois é isso que a fortalece e a torna mais justa e igualitária.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mitologia do começo ao fim

Para ser sincera, tenho um pouco de medo que alguém leia este texto, talvez algum intolerante fique revoltado e decida me tacar pedras ou mandar que me exorcisem. Contudo, sou uma garota corajosa e confusa, o que é suficiente para fazer grandes idiotices. So, let´s go.

Alguém aqui gosta de Percy Jackson? O livro claro, o filme, bom digamos que eu não recomendaria. Pois bem, uma das poucas vantagens de amar livros de fantasia é que aumenta o meu conhecimento histórico e social. O segundo porque, sempre fico curiosa acerca da sociedade real que cerca a estória, os lugares citados e os costumes das pessoas. O primeiro por sempre querer saber quando surgiu o mito usado de instrumento no livro.
No caso dos livros de Rick Riordan (autor de P.J.), a mitologia em si. Sempre gostei muito de estudar História no ensino médio, é quando todos os fatos começam a estabelecer uma relação e você compreende o quando esse conhecimento é importante para que nações possam evoluir, entretanto, esses periodos antes de cristo sempre ficaram soltos na minha mente. Então a mitologia surgiu do nada, sumiu do nada e chegou Jesus Cristo andando sobre água?

Calm down, take a breath and start again.

Acredita-se que tudo começou mais ou menos assim, na península Balcânica, aproximadamente 630 a.C., os agricultores diziam que cada aspecto da natureza, como a mudança de estação, o curso dos rios, coisas que não precisavam da ação humana para ocorrer era "comandada" por um espirito. Com o passar dos anos e com a mistura da cultura de povos invasores, esses espiritos foram vistos de uma forma mais humanistica, como divindades poderosas que ficaram conhecidas como deuses. Logo surgiram também os heróis, filhos de humanos com deuses, há muitos contos tanto em documentos literários (Ilíada e Odisséia de Homero), como pintados em ceramicas, o que era muito comum naquela época (os contos mais recentes datam o século III a.C.).

Na Grécia Antiga, a mitologia era ensinada às crianças como uma forma de explicar os fenomenos naturais, como por exemplo o fato de o céu e a terra não se encostarem era porque o titã Atlas carregava o céu nas costas.
Contudo, surgem novos pensadores que criticavam as explicações através dos mitos para as obras da natureza e questionavam a existência dos deuses. Platão foi um dos maiores críticos da época, rotulou os mitos com "palavões antigos" o que desafiou seriamente a tradição mitológica homérica. Aristóteles por sua vez, alegou que os escritores teológicos apenas acreditavam no que lhes parecia plausível, explicações sem fundamentos que agrediam a moral e a ética. Depois dele, veio Sócrates, que foi condenado a morte por corromper a mente dos jovens ao ateísmo.
Basicamente, foi com a força dos pensamentos filosóficos que a mitologia pouco a pouco morreu, deixando de ser o principal objeto de estudo.
Essa parte da história é muito agitada, parece que crenças e costumes foram bruscamente interrompidas e substituidas. A filosofia, que outrora fora tão importante para a introdução do questionamento a cerca da vida e dos fenomenos que a cercam, perdeu a força com a chegada do cristianismo que se manteve firme durante muitos séculos, porém os pensamentos voltaram a chamar atenção no periodo que ficou conhecido como Iluminismo.

Agora sim vou entrar na zona de risco.

Durante toda a evolução da sociedade, o ser humano buscou explicações que o contentasse para que pudesse continuar a viver sua vida. É como se inconscientemente todos tivessem a necessidade de entender o porque estão aqui respirando, trabalhando, amando e sofrendo, e precisassem ter o conforto de que há alguém olhando por eles, alguém que não vai deixar o mundo cair ao seu redor. Isso é a fé, a fé que move montanhas. Espero que um dia alguém realmente tenha a fé necessária para mover uma montanha, porque parece que a maioria das pessoas possuem apenas fé suficiente para aguentar suas vidas.
Não que eu esteja testando ou questionando alguém, apenas me intrigo com as respostas que aceitamos para perguntas que outros fizeram. Sendo que isto tudo gira ao redor da cultura, fui ensinada a tomar café forte pela manhã e pedir ao São Longuinho para me ajudar a encontrar alguma coisa, agredecendo-o com três pulinhos (será que ele acha isso divertido?), ao invés de tomar chá e consultar o Oráculo. Cultura é ao mesmo tempo fonte de riquesa e prisão, atribui-nos juízo de valor ao passo que nos limita a eles.
E esta limitação me inquieta, é como se meus pensamentos estivessem fadados a seguir um curso já determinado, como se eu não pudesse escolher as respostas para minhas perguntas, como se houvessem leis que me proibissem disso.
As vezes acho que um dia vou olhar para a janela e toda a verdade estará lá fora, rindo e zombando dos seres humanos, tão obvia que chegará a ser cruel. Em outras horas simplesmente acho que nada disso importa.

E talvez não importe mesmo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Bóias-Flex

Ontem eu, as meninas e o Pedro ganhamos nosso primeiro Oscar na aula de Expressão da Comunicação. E isso é um grande avanço considerando a catástrofe que foi o trabalho anterior.
O trabalho era o seguinte: tinhamos que fazer propaganda de um produto derivado da borracha, o grupo ficaria lado a lado, tipo alinhados no fundo do palco, e um por um deveria andar até a frente para falar uma frase que definisse o produto e ao mesmo tempo confundisse as pessoas para só descobrir qual era o objeto no final.
É claro que falando assim parece fácil, mas para a maioria das pessoas falar alto em publico sem se enrolar, sem ficar duro como uma estátua ou sem conseguir se decidir o que fazer com as mãos é muito complicado. Temos que ser claros e manter a calma, esconder o nervosismo ao máximo e não esquecer de olhar para toda a platéia enquanto falar. Na verdade é a nossa desibinição que o professor avalia, e não somente a criatividade na elaboração do trabalho.

Eu dei a idéia de fazer propaganda de uma bóia e assim criamos o primeiro e unico produto Flex. Bóias-Flex. A minha frase foi algo do tipo: "Você nunca encontrará um produto que te agarre tão bem pela cintura." Achei que poderia ter falado mais alto, contudo, considerando que eu não tive crise de riso foi um avanço colossal. Não lembro bem a frase das outras meninas, a Andressa disse: "O nosso produto não tem discriminação, você pode usar sozinho ou com seus amigos." E a Juliana que finalizou falou: "E se você perder o fôlego, nós te mandamos uma bombinha!"
Foi muito divertido e o pessoal gostou, então, ganhei meu dia ontem!

Sempre tem umas idéias geniais, me surpreendo todas as aulas. Um grupo de garotos apresentou as camisinhas Crew, nota dez pra eles, foi engraçado demais. Um outro grupo fez a propaganda de um estilingue, e eu pensei o tempo todo que fosse outra propaganda de camisinha, ainda mais quando uma menina disse: "Meus pais nem sabem que eu uso."


Jornalismo é um curso incrivel! Vou falar sobre ele aqui, afinal o que importa não é apenas viver e aprender, compartilhar também é importante!
Beijooos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Há tanto pra falar...

..Mas com palavras não sei dizer.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Romeu e Julieta séc. XXI

Encontrei esse texto no site pensador e achei engraçadinho. Segue:

"Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor? São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno ?

Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão. Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool. Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu, fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado. Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela era especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM. Romeu não saía sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6:00 da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta). Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estria, celulite e histérica com muita coisa para fazer. Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha. Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara de Romeu no meio de um bar lotado. Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta. Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu. Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo. Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela. Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, que ela deve ter confundido as coisas. Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança. Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta. Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu. Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando-a sem saber onde enfiar a cara de vergonha. Por estas e outras que eles morreram se amando."
(Autor Desconhecido)

Parece que a morte dos dois lhes caiu bem, talvez para o amor, morrer seja a salvação, seja a garantia de sua eternidade. E é por isso que Romeu e Julieta impressiona, porque no fundo se admira a morte.
A maioria das mulheres reza para que a perfeição criada por Shakespeare esteja em suas vidas, porém a temem, pois sua imortalidade não vive.
Entretanto esta é a forma errada de analizar a obra, W.S. não disse: "Romeu e Julieta ficarão juntos para sempre porque seu amor é verdadeiro e isto o torna imortal", ele não quis certamente dizer que a união justifica o amor, mas sim que o amor justifica a união.
O amor não precisa de correspondência para sobreviver, basta uma única alma para amar e um pouco de luta e sacrifício para tornar isto perfeito.