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sexta-feira, 26 de março de 2010

Homens-meninos, namorados malvados.



- Você está machucada?
- Não... Isso não é tão ruim. Eu apenas tropecei...

Se você tropeçar no amor, pode melhorar.
Mas se você cair no amor, você cairá para sempre.


Olá pessoal, desculpe a falta da semana passada, mas fico muito perdida em época de estudos e tal. Bom, essa semana comecei a ler um livro muito interessante.
Esse livro não conta história, na verdade é um exame meio psicológico, chama Mentiras de amor "O que os homens não sabem e as mulheres não admitem" da Deborah Mckinlay. E MENINAS, tem uma parte do lado masculino que eu nunca tinha parado pra pensar, mas não pude deixar de concordar com a autora. Segue:

Quando o homem é menino ele faz coisas desse tipo:
• a) Atira num passarinho com uma espingarda de ar comprimido.
• b) Enfia o cachorro da família numa caixa e bate nela com um enorme pedaço de pau.
• c) Tortura um gatinho com fogos de artifício.
O homem-menino se sente muito mal por ter feito essas peraltices. Ele carrega consigo a carga de culpa por um longo tempo. Então ele cresce, arruma uma namorada e conta a ela sobre tudo isso.
A namorada pensa que essa história, e o fato de o homem ter lhe contado, são uma prova da vulnerabilidade dele, de sua franqueza e de seu amor.
Ela não enxerga o que isso é realmente. É UMA HISTÓRIA ADMONITÓRIA.
Até o dia em que a namorada está frágil como o passarinho, irritante como o gatinho, doce e devotada como o cachorro da família e o homem pega a espingarda de ar comprimida e atira nela.”

Agora tudo faz sentido! Então é por isso que quanto mais choramos, mais eles pisam em cima de nós.
Com certeza, toda garota já passou ou ainda vai passar por essa fase de maldade masculina. Se apaixonar e ao invés de ser correspondida, é massacrada sem dó nem piedade sendo que, cada lágrima do rosto da pobre criatura é um troféu para o ego daquele garoto que está aprendendo a ser um homem muito, muito bipolar no aspecto amoroso. Ok, não gosto de generalização, então vou ressaltar: não todos, mas grande parte deles são assim.
E mesmo quando os sentimentos são correspondidos, haverá a fase “te chuto, porém te amo”, a qual se refere o trecho acima. Todo ser humano precisa de um ponto de fuga, algo para descarregar seus sentimentos reprimidos, nesses momentos, as mulheres ficam frágeis e procuram por alguém mais forte, que possa ajudar a restabelecer o controle. Os homens, bem, eles precisam de um ser frágil para se sentir mais fortes e conseguirem ter controle de suas vidas.
Há quem possa defender-se dizendo que é um comportamento instintivo, contudo, já faz séculos que o ser humano deixou de agir por instinto e passou a fazer uso da razão. Não é a toa que dizem que as mulheres estão à frente...

“A mulher adquire uma postura totalmente defensiva. Ela cerra os dentes e se contém. Quando mão consegue mais ocultar a evidência das suas lágrimas, conta às amigas que estão passando por ‘um mau momento’.
Ele não consegue controlar seu homem-menino. Ele é quase compulsivo em sua crueldade. Esta mulher simplesmente não vai revidar. Ele a atinge com mais força. Não consegue se conter. Apenas quer ver o quanto esse pobre e estúpido animal irá aguentar.
Quando o homem finalmente ergue os olhos e vê o sangue manchando as penas brancas do peito da avezinha, quando ele pára de gritar e escuta os ganidos da sua devotada companhia canina, quando se imobiliza por um instante e sente o gatinho esfregar suas pernas...
Ele se sente uma droga”.

Talvez seja por isso que os homens dizem que as mulheres são confusas, dá pra não ficar confusa com um ser assim? Num dia eles estão com aquele olhar frio e cruel que combina sadicamente com sua expressão de prazer, riem enquanto atiram nos pobres animais. E no outro chegam com a cabeça baixa e olhar suplicante. São, então, vitimas da sua própria raiva. “Oh! Eu nunca quis te fazer sofrer, eu não pensei no que estava fazendo, me perdoe”, e como se já não bastasse tanta falta de vergonha, acrescentam “Eu sou mesmo um idiota”.
De fato, são. Espero que mais garotas tenham coragem de dizer isso, e precisam começar a praticar desde cedo. Uma menina pode gostar de um garoto e chamar isso de amor, ela com certeza vai sofrer por esse sentimento cedo ou tarde e esse garoto sempre vai tentar se redimir, geralmente tarde demais, e então ela se pega pensando em dizer “tudo bem, fofo” , porque ela ainda tem esperança que ele possa ter guardado as lágrimas que ela chorou e transformá-las em sorrisos. Alguém precisa dizer a essa menininha que isso não vai acontecer. Alguém tem que dizer que é preciso cortar o mal pela raiz. Seus sonhos já foram jogados no lixo e por direito ela deve dizer “Sim, você é mesmo um idiota”.

O bom sofrimento é aquele que ensina a não fazer a mesma coisa duas vezes. Se os sonhos de alguém forem tirados deste, ninguém vai levá-los de volta. Se um coração foi partido, quem o partiu raramente o concertará. E não pensem que eu estou dizendo que sofrer é bom, só que eu prefiro esquecer a parte do choro e do afogamento pessoal e lembrar apenas do que ele me ensinou. Não adianta se apegar ao que não funcionou direito.

Estou errada?

Kiss, JeHh.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Wonderland

Nós éramos jovens quando o vi pela primeira vez e eu era apenas uma menina aprendendo a juntar seus sonhos.
Como num conto de fadas, ele era meu príncipe, por isso lhe pedi que viesse me buscar, me levar para um lugar aonde ninguém pudesse nos encontrar, só para poder fingir que o tempo não existia e que nada poderia estragar a felicidade que sentia.

Não me importava que meu Romeu atirasse pedras em pássaros, eu era a princesa e estava construindo nosso castelo, tijolo por tijolo, antes que os lobos viessem para destruí-lo. Podia ouvi-los se aproximando, cada dia em que o esperava, era um dia mais perto dos cães selvagens, pensei que não viesse mais, que estaria perdida no meio de uma matilha faminta.
E então ele chegou, pegou a minha mão e me guiou pelo jardim do castelo, havia muitas flores de diversas cores e eu até podia voar com asas de borboleta. Pensei que estivesse no país das maravilhas, de pés no chão e cabeça nas nuvens.

Entretanto, algo parecia estar dando errado, ele sorriu para mim e se afastou. Fiquei confusa, tudo o que podia ouvir era um badalo frio e sádico. O chão pareceu sumir de meus pés eu estava despencando de ponta cabeça. Talvez estivesse enlouquecendo.
Os badalos continuaram, até que eu entendi. Era o relógio marcando meia-noite, era tudo um truque e pude sentir o desespero de Cinderela. Tentei bater minhas asas, porém elas não funcionavam mais. Tentei gritar, mas estava num conto de fadas, muito longe para que qualquer um me encontrasse, já havia me esquecido do gosto e do cheiro do mundo que deixei.
Tudo o que conhecia eram as lendas que me contaram, contudo, os ângulos estavam todos errados, como poderia lutar?

Tinha construído um mundo mágico, porque minha realidade era cruel demais para viver e agora descobri que não há como fugir da tragicidade da vida.
Me dêem uma pá, quero cavar um buraco para enterrar meu castelo, porque sim, eu vou sobreviver a isso. Mesmo que o mundo esteja se partindo, quando eu finalmente atingir o chão não vou apenas me virar, vou cavar bem fundo um buraco para enterrar meu castelo.

Nunca mais cairei num truque novamente, vou me defender até o fim, pois aprendi que se algo não é real, não há como enxergar, não há como sentir com o coração e então não vale à pena.
Eu não vou mais acreditar no que não posso ver.
Jéssica Bueno
Créditos:
Brick by boring brick - Paramore // Wonderland - Avril Lavigne // Love Story - Taylor Swift

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pontes partidas


O mundo sempre pareceu-lhe colorido demais, naquele momento a própria escuridão noturna era para ele luminosa, tinha a impressão de que as estrelas caíram do céu para brincar pelas ruas e avenidas da calma e quente Califórnia.
Sentiu braços macios e delicados o apertar em um abraço pela cintura, virou-se para encarar sua namorada, com olhos azuis indagadores, ela sempre parecia cismar que ele escondia seus pensamentos mais profundos. Bem, ela estava certa.

Mas não há como mudar a essência de um espiríto em fuga.

E ele fugia. Sempre parecia estar querendo escapar de alguma coisa, tinha a sensação que aonde quer que fosse, sempre haverá algo ou alguém atrás dele, pronto para aprisioná-lo. Como poderia dividir esses pensamentos com alguém? Certamente lhe chamariam de louco ou desconfiariam de uso de drogas de sua parte.
- Você está com aquele olhar profundo de novo, Drew - acusou Lily
- Bobagem. Estava aqui tentando entender porque as estrelas sumiram essa noite.
Mas os olhos maquiados de Lily se apertaram, ele nunca conseguia enganá-la.
- Não gosto desse olhar, parece que vou cair no seu abismo se ficar olhando-o por mais tempo.
- Então não olhe - disse ele, beijando-a intensamente. Durante alguns minutos, limitaram-se a abraços e beijos.
Contudo, já estava tarde e tinham que ir embora. Festas em prédios abandonados eram legais, mas só enquanto a polícia não descobrisse.
Caminharam em silêncio até o carro dela, antes entrar, porém, Lily olhou em seus olhos novamente e sua expressão estava triste
- Não posso não olhar Drew, porque ainda que o seus olhos pareçam abrigar o mar, seu amor por mim está aí em algum lugar, e eu nunca vou desistir de encontrá-lo.

Ele não respondeu. Queria poder dizer-lhe que a amava, entretando, durante aqueles dois meses juntos, essas palavras de afeição teimavam em enroscar-lhe na garganta. Ao invés de dizer algo, passou os dedos nos cabelos castanhos de Lilian, deu-lhe um beijo na testa e com uma piscadinha, caminhou em direção à sua moto.
Foi embora sem olhar para trás, fugindo daqueles olhos que teimavam em decifra-lo, fugindo daquela garota que o fazia querer ficar para sempre com ela.

E principalmente, fugia do desejo de não mais querer fugir.

Seus pais estavam acordados quando chegou em casa, o que era incomum para um dia de domingo. Sua mãe tinha no rosto uma expressão de quem tentava manter a calma. Seu pai passou o braço ao redor de seus ombros e disse:
- Venha moleque, temos que conversar.
Como ex-tenente do exército, seu pai tinha modos bruscos e uma maneira rigida de lidar com ele, era algo que não lhe fazia a menor diferença, pouco se importa de levar bronca ou uns cascudos. Era seguro de tudo o que fazia, e arrependimento era um sentimento pouco conhecido por ele.
- Você foi convocado pelo exército para cuidar da sede da ONU no Iraque. - Disse o pai de supetão quando chegaram na cozinha.
Uma onda gelada percorreu todo o seu corpo, quis pensar que era uma onda de adrenalina e não o puro terror que pareceu decidir montar acampamento dentro dele.
- Quando? - Foi apenas o que conseguiu dizer.
- Amanhã partem. Arrume suas coisas. Boa sorte.

Sua mãe quis fazer um lanche para ele, ele não aceitou. Quis ajudá-lo com a mala, ele não aceitou. Quis confortá-lo, ele também não aceitou.
- Me deixe fazer algo por você, meu filho. Não sei quando nos veremos de novo. - Suplicou ela.
Ele a abraçou comedidamente.
- Ei baixinha, você já fez muito por mim, me ensinou a andar, a distinguir o certo do errado e a amar. Agora é por minha aconta.
Ela o olhou longamente, como se o estivesse vendo pela primeira vez. O abraçou como se nunca mais fosse abraçá-lo de novo. E deixou o quarto a passos largos, como se nunca mais pretendesse entrar nele outra vez.

Andrew olhou ao redor, pegou seu saco do exécito e começou a arrumar suas coisas. Não podia levar muito, mas de qualquer forma, quando se caminha para morte não, não há muitas coisas que sejam realmente importantes. Meia duzia de cuecas, quatro camisetas brancas, quatro calças camufladas, meias, escova de dentes e uma foto.
Fechou seu saco, tomando o cuidade de deixar de fora seus sonhos, seus medos e suas lembranças. Preferiu organizar estes em uma pequena caixa que também continha uma foto. Endereçou-a a Lily, pensando no que ela lhe diria se ele fosse se despedir, provavelmente que não poderia ir a guerra sem esperança e amor. Bem, o segundo ele realmente não conseguia tirar de dentro dele, nem ao menos para dize-lo.
Porém, esperança, de que? De vencer uma guerra para que pudessem arrumar outra? De matar o suficiente para poder viver?

Para aquele jovem, não existia esperança numa guerra. Apenas o desespero, visto nos soldados que agarravam suas armas como se assim pudessem agarrar as próprias vidas.
Deitou-se na cama, logo seria dia de novo. Tratou de fechar os olhos, selando dentro dele o pavor, a sensação de perigo eminente, e sua vontade de fugir. Tudo pelo qual ele era capaz de lutar.

E lutou, mas de maneira nenhuma a guerra foi dentro dele.

sábado, 13 de março de 2010

Ex-presidiários saem nas ruas fazendo propaganda enganosa.

Na ultima sexta-feira (12), um grupo, envolvendo homens e mulheres, bateu de porta em porta, no período entre aproximadamente nove horas da manhã e três horas da tarde, no bairro Novo Chapadão em Campinas. Eles diziam estar fazendo uma pesquisa para o Senso e pediam para que os moradores respondessem a algumas perguntas e preenchessem um questionário.
Ao final destes, os integrantes diziam-se ex-presidiários da Bahia e exigiam que os moradores lhes dessem quatro cheques no valor de R$ 95,00. "No começo eles disseram que não envolvia dinheiro, e depois pediram os cheques." Disse a dona de casa Augusta. "Eu disse que não tinha o dinheiro, mas eles ficavam insistindo. Começaram a me cercar e a dizer que eram ex-presidiários, que saíram do mundo das drogas, que não matavam mais e esse dinheiro ia para a alimentação deles. Fiquei com medo."
A maioria dos moradores do bairro disseram que acabaram dando o dinheiro por se sentirem intimidados e moralmente agredidos. "Não vi outra saída a não ser lhes dar os cheques, eles não iam embora." Contou a dona de uma floricultura. "Temi pela minha família." Apenas os que puderam atende-los com os portões fechados conseguiram escapar.
Depois de pegar o dinheiro, o grupo dava a eles um minidicionário e um comprovante com endereço e telefone da Bahia, o que deixou os moradores confusos, no inicio tinham de responder perguntas para uma pesquisa do Senso, depois precisavam pagar o equivalente a R$ 380,00 para ajudar na alimentação dos ex-presidiários e por fim, estes lhes davam um minidicionário inglês/português.
Além disso, o fato do telefone e do endereço serem de outro estado, dificulta possíveis reclamações dos moradores, que não sabem o que fazer. "Meu marido quer sustar os cheques, mas eles sabem aonde moramos, tenho medo que voltem e façam alguma coisa" Acrescentou a dona de casa.

Em caso de golpes como esse a melhor coisa que se têm a fazer é chamar a policia para resolver o problema. Opressão é desrespeito aos direitos humanos, uma vez que consta na declaração:
"Artigo III - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal"
"Artigo XII - Ninguém será sujeito a interferências em sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem proteção da lei contra tais interferências ou ataques."
Reclame pelos seus direitos perante a sociedade, pois é isso que a fortalece e a torna mais justa e igualitária.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Mitologia do começo ao fim

Para ser sincera, tenho um pouco de medo que alguém leia este texto, talvez algum intolerante fique revoltado e decida me tacar pedras ou mandar que me exorcisem. Contudo, sou uma garota corajosa e confusa, o que é suficiente para fazer grandes idiotices. So, let´s go.

Alguém aqui gosta de Percy Jackson? O livro claro, o filme, bom digamos que eu não recomendaria. Pois bem, uma das poucas vantagens de amar livros de fantasia é que aumenta o meu conhecimento histórico e social. O segundo porque, sempre fico curiosa acerca da sociedade real que cerca a estória, os lugares citados e os costumes das pessoas. O primeiro por sempre querer saber quando surgiu o mito usado de instrumento no livro.
No caso dos livros de Rick Riordan (autor de P.J.), a mitologia em si. Sempre gostei muito de estudar História no ensino médio, é quando todos os fatos começam a estabelecer uma relação e você compreende o quando esse conhecimento é importante para que nações possam evoluir, entretanto, esses periodos antes de cristo sempre ficaram soltos na minha mente. Então a mitologia surgiu do nada, sumiu do nada e chegou Jesus Cristo andando sobre água?

Calm down, take a breath and start again.

Acredita-se que tudo começou mais ou menos assim, na península Balcânica, aproximadamente 630 a.C., os agricultores diziam que cada aspecto da natureza, como a mudança de estação, o curso dos rios, coisas que não precisavam da ação humana para ocorrer era "comandada" por um espirito. Com o passar dos anos e com a mistura da cultura de povos invasores, esses espiritos foram vistos de uma forma mais humanistica, como divindades poderosas que ficaram conhecidas como deuses. Logo surgiram também os heróis, filhos de humanos com deuses, há muitos contos tanto em documentos literários (Ilíada e Odisséia de Homero), como pintados em ceramicas, o que era muito comum naquela época (os contos mais recentes datam o século III a.C.).

Na Grécia Antiga, a mitologia era ensinada às crianças como uma forma de explicar os fenomenos naturais, como por exemplo o fato de o céu e a terra não se encostarem era porque o titã Atlas carregava o céu nas costas.
Contudo, surgem novos pensadores que criticavam as explicações através dos mitos para as obras da natureza e questionavam a existência dos deuses. Platão foi um dos maiores críticos da época, rotulou os mitos com "palavões antigos" o que desafiou seriamente a tradição mitológica homérica. Aristóteles por sua vez, alegou que os escritores teológicos apenas acreditavam no que lhes parecia plausível, explicações sem fundamentos que agrediam a moral e a ética. Depois dele, veio Sócrates, que foi condenado a morte por corromper a mente dos jovens ao ateísmo.
Basicamente, foi com a força dos pensamentos filosóficos que a mitologia pouco a pouco morreu, deixando de ser o principal objeto de estudo.
Essa parte da história é muito agitada, parece que crenças e costumes foram bruscamente interrompidas e substituidas. A filosofia, que outrora fora tão importante para a introdução do questionamento a cerca da vida e dos fenomenos que a cercam, perdeu a força com a chegada do cristianismo que se manteve firme durante muitos séculos, porém os pensamentos voltaram a chamar atenção no periodo que ficou conhecido como Iluminismo.

Agora sim vou entrar na zona de risco.

Durante toda a evolução da sociedade, o ser humano buscou explicações que o contentasse para que pudesse continuar a viver sua vida. É como se inconscientemente todos tivessem a necessidade de entender o porque estão aqui respirando, trabalhando, amando e sofrendo, e precisassem ter o conforto de que há alguém olhando por eles, alguém que não vai deixar o mundo cair ao seu redor. Isso é a fé, a fé que move montanhas. Espero que um dia alguém realmente tenha a fé necessária para mover uma montanha, porque parece que a maioria das pessoas possuem apenas fé suficiente para aguentar suas vidas.
Não que eu esteja testando ou questionando alguém, apenas me intrigo com as respostas que aceitamos para perguntas que outros fizeram. Sendo que isto tudo gira ao redor da cultura, fui ensinada a tomar café forte pela manhã e pedir ao São Longuinho para me ajudar a encontrar alguma coisa, agredecendo-o com três pulinhos (será que ele acha isso divertido?), ao invés de tomar chá e consultar o Oráculo. Cultura é ao mesmo tempo fonte de riquesa e prisão, atribui-nos juízo de valor ao passo que nos limita a eles.
E esta limitação me inquieta, é como se meus pensamentos estivessem fadados a seguir um curso já determinado, como se eu não pudesse escolher as respostas para minhas perguntas, como se houvessem leis que me proibissem disso.
As vezes acho que um dia vou olhar para a janela e toda a verdade estará lá fora, rindo e zombando dos seres humanos, tão obvia que chegará a ser cruel. Em outras horas simplesmente acho que nada disso importa.

E talvez não importe mesmo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Bóias-Flex

Ontem eu, as meninas e o Pedro ganhamos nosso primeiro Oscar na aula de Expressão da Comunicação. E isso é um grande avanço considerando a catástrofe que foi o trabalho anterior.
O trabalho era o seguinte: tinhamos que fazer propaganda de um produto derivado da borracha, o grupo ficaria lado a lado, tipo alinhados no fundo do palco, e um por um deveria andar até a frente para falar uma frase que definisse o produto e ao mesmo tempo confundisse as pessoas para só descobrir qual era o objeto no final.
É claro que falando assim parece fácil, mas para a maioria das pessoas falar alto em publico sem se enrolar, sem ficar duro como uma estátua ou sem conseguir se decidir o que fazer com as mãos é muito complicado. Temos que ser claros e manter a calma, esconder o nervosismo ao máximo e não esquecer de olhar para toda a platéia enquanto falar. Na verdade é a nossa desibinição que o professor avalia, e não somente a criatividade na elaboração do trabalho.

Eu dei a idéia de fazer propaganda de uma bóia e assim criamos o primeiro e unico produto Flex. Bóias-Flex. A minha frase foi algo do tipo: "Você nunca encontrará um produto que te agarre tão bem pela cintura." Achei que poderia ter falado mais alto, contudo, considerando que eu não tive crise de riso foi um avanço colossal. Não lembro bem a frase das outras meninas, a Andressa disse: "O nosso produto não tem discriminação, você pode usar sozinho ou com seus amigos." E a Juliana que finalizou falou: "E se você perder o fôlego, nós te mandamos uma bombinha!"
Foi muito divertido e o pessoal gostou, então, ganhei meu dia ontem!

Sempre tem umas idéias geniais, me surpreendo todas as aulas. Um grupo de garotos apresentou as camisinhas Crew, nota dez pra eles, foi engraçado demais. Um outro grupo fez a propaganda de um estilingue, e eu pensei o tempo todo que fosse outra propaganda de camisinha, ainda mais quando uma menina disse: "Meus pais nem sabem que eu uso."


Jornalismo é um curso incrivel! Vou falar sobre ele aqui, afinal o que importa não é apenas viver e aprender, compartilhar também é importante!
Beijooos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Há tanto pra falar...

..Mas com palavras não sei dizer.