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quinta-feira, 26 de março de 2009

My turn


"Estou farto de pagar minhas dívidas
Jogado o jogo "até ao fim, e perder
Então, alguém pode me dizer
Quando é que vai ser a minha vez?
Ontem, eu aprendi que o amanhã é incerto
Então por que é que não posso apenas fazer a minha vez hoje?
Eu tenho jogado sistematicamente e seguido as regras
Mas o prêmio vai para aqueles que não são devidos
Ainda ninguém pode me responder
Quando é que vai ser a minha vez? "

(D.S.R., Hoobastank)


E isso é um jogo entre Tons e Médios.
Quando as palavras já não são mais armas, mas o tom delas.
Não faz diferença o esforço e a dedicação que se teve para conseguir algo, consideração não virá de todos.
Sempre será assim no mundo, sempre haverá alguém que sorrirá para você, e cuspirá aos seus calcanhares.

Não importa quantas pessoas tem as mesmas opiniões, na sociedade em que eu vivo todos os dias, a maioria não vence. A educação não vence. Com o respeito, não lucrei nada.
[Estava errada, hoje dia 27, a maioria venceu. A educação contou MUITO e o respeito foi a cartada final.]
Hoje e somente hoje (d-26), preciso usar o EU aqui, para não destruir a casa... para não agredir ninguém... para continuar sendo racional.
Porque foi hoje que eu vi o quanto as pessoas podem ser MANIPULADORAS.
O quanto elas podem fazer mal e mau.

Não venço, mas também não luto mais. Covarde? Não. Saudável.
Lutar por um desejo é ótimo, é o que todos devem fazer, mas luto em um jogo limpo.
Podem me tirar do sério, podem me tirar do jogo também. Mas a minha educação, o meu caráter e a minha razão, isso ninguém pode tirar. Isso é uma prova para exibir com orgulho, prova de que à minha volta há aqueles que deixam coisas boas. Há aqueles que acrescentam algo à minha vida, que fizeram diferença pra mim.
Mas não importa nada que disse. Tudo pode ser distorcido. A verdade pode ser feita mentira, contudo, essa é a única que sempre virá à tona.
[E foi quando menos esperava, quando tirei minha bandeira do território, que mais me surpreendi. E fiquei feliz. Bem, talvez não haja tantas pessoas ruins a minha volta, talvez algumas simplesmente não souberam como se manifestar, talvez não sejam tão abertas e claras como eu. Ou, ainda que eu não queira acreditar nisso, talvez eu seja uma tonta que sempre espera o melhor das pessoas.]

segunda-feira, 23 de março de 2009

Ja cansou de propostas, de dar respostas e ter que dar certo, até que o mundo gire ao seu redor?


"À distância você vê o paraíso, um lugar ideal
Você bem sabe que de perto
Ninguém é tão normal"
(Dois lados - Frejat)


Há quem diga que para viver é necessário se ter uma meta, saber sempre para onde ir, sem ter que olhar para os lados e parar para pensar nas curvas. Bobagem. Não há regras para a vida, apenas para os seres humanos.
Sorte deles que os cães não podem falar, pois se pudessem, certamente questionariam a necessidade de se sentar no momento em que o que precisam é correr e demonstrar sua felicidade; é isso que diz seu olhar, por que tenho que esperar para ser feliz?

Para os humanos, o sinônimo de viver é existir. É fazer, em primeiro lugar, o que o mundo espera que deve ser feito. Por que? Nem mesmo eles sabem. Não sabem por quê, afinal, lutaram por um ideal para depois se perder no meio da guerra. Não sabem porque foram intolerantes, se agora intolerância é a reação ao último desgraçado que tomou a cerveja escondida na geladeira. Não sabem por não se importarem; por não questionarem se o que são e o que tem é o que querem, ou o que aceitaram sem querer.
Contudo, a padrozinação humana do modo de viver é, por necessidade, inevitável. De outro modo, saberia a jovem que seguir o seu sonho não é uma opção que a leva para uma estrada inexorável, na qual, se errasse pagaria pelo "tempo" perdido. E sim, apenas uma escolha, uma alternativa para ser feliz dentre muitas. Saberiam os filhos, que se os pais não tivessem de ser o que todos esperam (maduros), passariam a madrugada jogando vídeo game, dando uma festa ou assistindo a um filme, sem ter medo que o sol nasça antes de irem dormir.

Todavia, diante dessa apresentação que inaugura todos os dias um novo modo para ser normal, há quem experimente a velha maneira de ser estranho, dizendo a verdade, sem se importar que ela seja considerada a razão dos insanos, afinal, oferecer à um homem flores, é aprender a colher sementes.
Portanto, não é preciso saber aonde se quer chegar, mas sim, aonde se chegou com o que se quis. Simplesmente para que, ao final, não tenha que se perguntar em que momento não valeu a pena.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Afinal, será que amar é mesmo tudo?

Todos os corações são livres. Essa é a única essência da liberdade particular de cada um.
Pode-se prender um corpo, uma alma e até mesmo, uma lágrima ou um sorriso. Mas não se pode delimitar um sentimento.
Sentir é viver antecipadamente, sem precisar de um endereço e de uma causa; é dizer para si mesmo aquilo que se quer gritar para o mundo.
Porém, amar é abdicar à unica liberdade que nunca precisou ser conquistada. É dizer a todos que por doar seu coração, ganhou algo muito melhor em troca. Amor. Amor?

Não. O desconhecido. Pois se nem mesmo Luís Vaz de Camões conseguiu livrar-se da antítese do tal, como pode o ser humano, sendo padronizador, confiar à maior incógnita da vida a sua maior preciosidade, a liberdade?

Talvez, sem amor, o indice de mortalidade diminua, as pessoas sofreriam menos, não teriam que buscar mais de uma vez durante a vida um novo ponto para recomeçar, quando sua liberdade for bruscamente devolvida. Quando já não se sabe mais lidar com ela.
Não amar seria continuar sempre no mesmo caminho, sem ter que reajustar a própria vida por vezes e vezes, só para que no final, ela precise ser reajustada novamente.
Ou talvez porque, sem amor, andar nos trilhos de um trem não seria uma brincadeira perigosa; talvez morrer fosse apenas deixar de existir, não seria deixar ninguém, não causaria dor a ser algum.
Não amar seria nunca se arriscar; nunca ter que se preocupar com O Alguém.
Jamais esperar para receber um telefonema ao final do dia, simplesmente para ouvir as três palavras tradicionais, que não importa quanto tempo passe, nem o quanto o mundo mude, sempre causará o mesmo efeito nas pessoas. Eu te amo.

Então, é claro que o amor não é necessário, ele é apenas um elemento.
Amar é que é essencial, para tudo, para todos.
Por que? Pode ser que Jota Quest é que esteja certo quando diz que "Amar não é ter que ter sempre certeza", não é preciso entender o amor, ele não é nada.

Amar é mesmo tudo.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Um mundo a parte

A verdade sobre as estórias é que elas abrigam almas sem corpos e essências sem espiritos. A energia que os envolve a cada pequeno e simples detalhe, não é por eles liberada, mas sim transmitida - sendo por ocasionar um sentimento ou adicionar uma lição -, sempre de um jeito diferente.

Criar uma estória é doar parte da aura transferindo assim todas as cores do próprio ser -amarelo para alegria, verde para paz, vermelho para paixão, roxo-ciúmes, vinho-ira -, entretanto, não se pode dizer que tal tarefa é fácil, pois quanto mais se entregar e acreditar naquilo que se está criando, mais dificil ficará a despedida.

Contar uma estória pode ser ainda mais intenso, pois se passa não apenas as cores e essências das almas ali existentes, como também as próprias experiências e sentimentos absorvidos destas. Contúdo, quem escreve se doa sem se importar, pois ama o que cria, e não apenas criar.