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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Deficiencia social

Pode-se notar que a grande maioria da população brasileira vive em constante descontentamento com o país e com a cidade em que moram ou trabalham. Reclamam e protestam da falta de moradia, precariedade dos serviços públicos, falta de segurança e aumento no número de "marginais" nas ruas.
Porém, o maior problema da sociedade, não é aquele que está visível a ela, mas sim, o que está implícito de diversas formas. Um menino de rua, por exemplo, pode ser um marginal, que fugiu de um lar onde lhe foi proporcionado uma vida digna, por outro lado, ele pode ser alguém que não teve oportunidades e apenas é uma vitima da própria sociedade que o condena. Condenado por não ter quem o oriente, por não ser ouvido por ninguém, por passar fome todos os dias porque todas as portas se fecharam para ele e por só lhe ter restado uma opção, a de se defender da única maneira que sabe, agredindo-a.
Logo, apesar de muito ter sido feito à respeito da solução dessa deficiência social, quase nenhuma questão obteve um melhoramento a ponto de não mais existir, a desigualdade continua a crescer, a violência tende sempre a aumentar, os descontentamentos continuam e como se já não bastasse, a policia está amedrontando a população, uma vez que, o numero de mortes causadas por policiais quase ultrapassa o numero de mortes causadas por traficantes. Sendo assim, é notável que os chefes responsáveis pela melhoria do Brasil, não estão conseguindo se focar no verdadeiro núcleo das questões que abalam a sociedade.
Pois não é dando comida para um, que se extingue a fome em um país, não é criando leis que se ensina a educação, não é proibindo que se mostra o valor. É necessário ver os problemas como um todo, extirpar os limites que existe entre uma camada social alta e uma camada pobre, deixando de lado definitivamente o primitivo pensamento de que os considerados fortes, tem poder sobre os fracos, quando na verdade, são os fracos que moldam o meio de convívio destes.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Cada dia



Vou dormir uma noite inédita e ter um sonho real, pois a realidade é que é um sonho, onde falamos o que queremos, fazemos o que devemos e vivemos porque aprendemos. Já nos sonhos, tudo sim é espontâneo, surge além do nosso controle e lá, somente lá, vive-se por viver.
Dizem que é comum confundir sonhos com realidade, mas a verdade é que se confunde a realidade com sonho. Quando se acorda pela manhã, na verdade, se está indo dormir e deixando o verdade 'eu', aquele que age sem razão, profundamente inconciente dentro de si.
Logo, terá um dia propenso a muitas coisas, uma vez que pode ser bom e quente, ou chato e frio, e até mesmo chato e quente, ou bom e frio, tudo depende da vontade do tempo e do que se faz com ele, mas sempre haverá previsões. E sempre se viverá cumprindo planos e obedecendo as leis invisiveis do planeta, extinguindo aqueles momentos que acontecem inesperadamente e sem motivo algum.

Dormirei uma noite que ainda não existe, pois só irá existir quando eu estiver dormindo, fazendo de uma vez por todas, de forma conciente o que mais desejo, e não desejaria se estivesse inconciente.
Óh! Tudo se torna confuso para aqueles que buscam exatidão, pois esta não existe. De ambiguidade é feito o mundo e são ambiguos todos os que vivem nele. Pois tudo que é, pode não ser, ao passo que pode tornar-se. Portanto acordar, pode ser dormir e dormir, pode ser viver, mas o que importa mesmo, é agarrar cada minuto do tempo, seja acordado, ou dormindo, sendo verdadeiro, ou sendo outro. Pois para tudo há dois lado, mas para cada um, há apenas uma escolha.