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sábado, 31 de maio de 2008

Como um dia de verão


Saudade, para muitos é como o inverno, é como a chuva que cai dos olhos e a desesperança que desce do céu. Mas a única realidade, é que saudade é como um dia de verão. Pode chover, mas a chuva apenas molha o solo que esteve quente, por mais que a chuva aumente, a tranquilidade de que o sol nascerá no dia seguinte, é o que basta.
Como um dia de verão, a saudade molha o rosto, mas escorre o sorriso da alma. A luz do sol reflete a sons, cheiros e sentimentos que passaram rápido, deixando sua sensação morna. Os olhos espelham lembranças, vivas e intensas, vidrados no novo querer, para poder lembrar de novo.
Contudo, nos dias quentes, não basta ter o sol, é preciso absorve-lo e permitir que ele tire a frieza da pele; fugir dele mergulhando em águas profundas, é apenas uma maneira de não compreender que a saudade não é eterna, mas necessária. O próprio mergulho é a prova, o ar uma hora acaba e é necessário que se busque por ele, abraçando a vida, abraçando o gelado sentimento veraneio.
Como um dia de verão, a saudade tem fim, e começa uma nova estação, o ar entra com mais facilidade e o planeta roda mais rápido, envolvendo inexperientes sentimentos, dando aos olhos, outras superfícies para espelhar.



Porém, enquanto o sol ainda faz brilhas as águas, envolvo tudo ao meu redor, buscando ter seu mundo, no meu mundo.

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quebras de identidade.

Compartilhar-lhes-ei a história de uma fada, que me encantou de uma maneira esplendida e atraiu minha atenção por horas, meses e anos. Quando a vi pela primeira vez, havia nela um olhar brilhante, as luzes dançavam ameaçadoras, como se a qualquer momento fossem mudar sua coreografia. Confesso que, sobre ela, esperava qualquer coisa, qualquer atitude linda e encantadora e aguardava sempre para mais de seus sorrisos sol.
É lastimável que eu tenha me esquecido que nem sempre o sol brilha, que há dias cinzentos. Mas o pior de meus esquecimentos, foi o de achar que paredes não existem.
Todos os dias a via saindo em busca de seus sonhos, sua carreira como estilista parecia estar-lhe traçada, só faltava encontrar uma empresa que desse a ela o devido valor. Infelizmente nos falávamos pouco, mas ainda mais infeliz é a real idéia de que fui eu, e confesso com culpa, que dei a ela a oportunidade de trabalhar em uma das maiores empresas de moda de New York. A verdade é que, sempre achei que minha fada, fosse capaz de fazer qualquer coisa, talvez tenha subestimado seus encantos, porém, não a deixei sozinha em momento algum. Logo me mudei para lá, e segui meu cargo na empresa de meu pai, inicialmente, ela brilhou. O orgulho me dominou de tal forma, que tive a necessidade de provar a todos que ela era capaz de mais, minha rainha mística. Dei meu jeitinho e a coloquei em um cargo chefe, ela simplesmente tinha o poder sobre grande parte dos funcionários, era responsável por tudo em sua seção.
Notei que sua vida se tornou um pouco corrida, mas sabia que isso não era nada demais para ela. Porém, um raro dia em que conversamos, notei que o brilho dançante em seus olhos havia sumido, pude perceber que eles estavam opacos e distantes, perguntei-lhe se estava tudo bem, foi quando percebi o que havia feito. Afastei-a de seus amigos, de sua família e por uma desventura, do homem que possui seu coração. Sim, para meu desencanto, este mero mortal, ainda possui o coração de minha fada.
Com peso na alma, disse-lhe que devia voltar para casa e que a recomendaria para uma boa empresa brasileira, ela recusou terminantemente, alegando que não poderia deixar todos na mão, que precisavam dela no trabalho e que havia começado uma coleção de inverno. Foi quando mais me assustei, a garota que via buscar seus sonhos, não se prenderia jamais a uma coleção de inverno que não desejava, a fada que me encantou, buscava sobretudo, sua felicidade e procurava transmitir alegria. Seu desejo sempre foi inovar a moda, principalmente as roupas de verão, onde poderia brilhar. Perguntei a ela o que pretendia fazer no final de semana, respondeu que iria trabalhar, então, quis saber quais os planos dela para as férias, ela disse que iria descansar e começar a desenhar modelitos que superassem a empresa concorrente.
Minhas entranhas se reviraram de incômodo, certamente coloquei carga demais sobre ela, afinal, fadas são delicadas e exigem ser tratadas com carinho, tentei convence-la de que seria melhor sair de férias mais cedo e ir para casa de seus pais; ah, que decepcção foi a resposta! Para se manter no trabalho, brigou com seus pais, não se falou com seus amigos e foi deixada pelo dono de seu coração.
Havia a minha frente, uma garota com vida de mulher, com um coração desgastado e um olhar apagado, não seguia mais seus ideais, "os perdi, voltar não me fará viver no passado, nem construir um futuro. Só me resta continuar no presente" disse para mim. Tentei faze-la mudar de idéia, mas era inútil, a fada encantada se perdeu no caminho, os sonhos que a envolviam, já não existiam, seu sorriso se tornou um empregado, só estava lá quando ela precisava dele.
Decidi que o melhor era me afastar dela, desconheci minha paixão, não se pode lutar por quem não luta por si mesmo. Soube que a garota está muito bem na empresa, que sabe como manter a postura de seus funcionários, pena que não soube manter quem era.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Transição


Quando somos crianças achamos que temos o mundo nas mãos e que podemos controlar tudo. Mas, quando crescemos, descobrimos que o mundo nos tem aonde ele quer, contudo, nós decidimos aonde vamos ficar e o quanto podemos alcançar na vida.
É uma transição que ocorre da quebra da realidade entre dois mundos, no primeiro, há a sensação de conquista todos os dias, de que tudo pode ser conseguido sem que precise de grandes esforços. É aquela situação em que se está em uma balança, e o ar passa com uma velocidade incrível e parece que se pode voar. Então, de repente, aquela confiança na liberdade salta da balança, dando um susto na mãe e causando um olhar de desaprovação no pai. No segundo mundo, não se consegue mais pular da balança em movimento, apenas o desejo, e nada mais.
Quando somos crianças, temos a certeza de que o amor pode controlar tudo, mas por que será que, quando crescemos, queremos controlar o amor? Talvez porque não se acredite mais naquilo que não se pode ver, ou simplesmente, porque a transição causou um devaneio e, a confiança por ele se perdeu no caminho.
Quando se perde aquele lugar onde se acredita em "contos de fadas" e que amores são pra sempre, o que resta é uma passagem entre árvores que bloqueiam o sol. Muitas vezes, a vontade de continuar ali, paradinha na portinha fechada do encantamento, onde há um raio firme de sol, é tentadora. Mas sempre chega o momento em que dar um passo a frente é inevitável e se for pra ficar no escuro, é preferível dar muitos passos a frente, até encontrar brechas de sol. Então, quando se olha para trás, a acolhedora passagem para aquele mundo, ficou para trás.
Quando somos crianças, desejamos crescer, curtir e fazer algo que naquela época chamamos de viver. Quando crescemos, desejamos voltar a ser criança, brincar,confiar e acreditar em algo que naquela época chamamos de saber.

terça-feira, 27 de maio de 2008

As palavras tem poder - Parte II

O mundo é um complexo globo que une seres com características, dando a eles um único ponto em comum, o lugar onde vivem. Os seres humanos, especificamente, são unidos por palavras, que com suas semelhanças e diferenças, criam um elo entre os indivíduos de cada sociedade, e essas sociedades, ligam-se através de nações, estabelecendo-se assim, uma corrente de ligação entre as pessoas de todo o planeta.
Este elo torna-se fundamental e indispensável ao decorrer dos anos, tanto que, até mudas palavras existem, assim como as de impressão. A vivência neste mundo faz-se perceber que qualquer palavra possui poder, seja no sentido, no significado ou na coerência. Qualquer tipo pode expressar até os mais profundos sentimentos, podem tocar o lugar mais profundo da alma e amolecer o mais duro dos corações; pode-se ser irônico, impertinente, fútil, falso, verdadeiro, carinhoso e até amável, dentre as muitas características humanas.
Uma combinação fatal é a que se faz com a intercalação do silêncio e da destreza ao falar; o que se diz, na realidade, não tem grande importância, é o modo como se fala que causa o efeito nas palavras e assim, no receptor da mensagem. Portanto, deve-se saber usar as palavras, aprender a combiná-las perfeitamente, para que sejam efetivas. E tomar muito cuidado ao utilizá-las, visto que, nem mesmo os mais apaixonados por esse elo de comunicação têm total domínio sobre elas, uma vez que, podem ferir e marcar para sempre a vida de uma pessoa.

As palavras têm poder; o homem pode utilizá-las para conquistar, ou exerce-las para destruir

domingo, 18 de maio de 2008

As palavras tem poder - Parte I

Fato: As palavras tem poder.

Argumento:
  • Se as palavras não tivessem poder, propagandas publicitárias não induziriam a nada.
  • A Sociedade existe através da comunicação, que se dá através da linguagem, que está ligada as palavras.
  • O convivio humano é traçado por letras invisiveis, que juntas possuem um significado; palavras.

Finalização:

[...]

Aguarde a Parte II