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quinta-feira, 21 de maio de 2009


"O Amor é o único sentimento que nos faz sorrir para o nada, achar lindo o que é desprovido de beleza, suspirar a todo instante sem mesmo perceber, atrair a felicidade, pois é fácil ser feliz quando se ama e sentir uma louca vontade de gritar para o mundo: Eu amo você!."
(Sobre A linguagem do amor de Petter Adams)

Sei que Sheakspeare transformaria essa história em ultra-romantismo, mas ela já é perfeito sem o desespero apaixonado, que envolve suas obras.
J.K. Rowling poderia transformar este meu mundo em magia, mas já existe algo de mágico na maneira como você me olha.
Stephen King certamente estaria entendiado, pronto para colocar terror no meu dia à clarear.

Grandes autores, sem dúvida, escrevem magnificas obras. Mas apenas grandes amantes podem contar verdadeiras histórias.
Posso não conseguir encontrar sempre as palavras certas, mas há certeza em tudo o que digo, posso rasgar os meus rascunhos, porque sei que o verdadeiro texto está em mim, posso até escrever na areia, porque sei que pelo menos o vento será testemunha.
O que tento dizer, sem conseguir esconder, é que não sei que o que é o amor. Mas não preciso saber disso para amar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Identidade

Houve um tempo em que o questionamento popular era: "Quem sou eu?". "De onde eu vim?". "Por que estou aqui?". Época em que para se ter uma resposta e passá-la ao mundo era necessário certo sacrifício. Nem todos tiveram êxito. Poucos dos que conseguiram se expressar continuaram a viver por mais tempo. Quase nenhum foi reconhecido em vida.
Talvez os antepassados tivessem medo de perder as perguntas que eram a razão do seu existir, ou talvez, simplesmente precisassem de suas certezas ignorantes para encontrarem perguntas óbvias.

Contudo, sob perseguições e mortes, religião e magia, a sociedade cresceu. E, por ironia do plano da morte, aprendeu. Aprendeu a aceitar respostas, mas principalmente, a mudar suas perguntas. Afinal, não é de Sócrates a frase "Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância"? O homem pode demorar a mudar, mas jamais deixará de fazê-lo. Pois a História prova que ele sempre vive em buscar de mais; mais de tudo o que já possui; mais perfeição a qualquer coisa que já se mostre perfeita.
Porém, jamais haverá um padrão em sua mudança, cada ser tem a sua identidade, sendo essa formada por igualdades e diferenças. Igual naquilo que se tem, ou até mesmo no que se quer, entretanto, difere-se na forma de querer, na intensidade da busca; difere-se em Ser. Isto é a essência do ser humano, tão frágil e delicada que, quanto mais o tempo passa, mais difusa ela se torna. Apenas olhos espertos ainda podem ver. E enxergam que os séculos mudaram as perguntas, tornaram supérfluos os alicerces - que formam a particularidade de um individuo -outrora insipientes.
Agora indagam-se "Porque eu sou assim?", ou até mesmo "Por que não sou como ele?", "Por que não posso ter o que todos tem"?. São perguntas desprovidas de possibilidade de reflexão pessoal; são perguntas respondidas com agulhas e bisturis. Feitas por seres que vêem para pensar.

Bons eram os tempos em que ainda se via para descobrir. Em que o sentido de viver era fazer, e não apenas ter.