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sábado, 26 de dezembro de 2009

Linhas invisiveis

As vezes é preciso ver o que está além dos acontecimentos, porque existem linhas invisíveis com palavras que ditam a ordem das coisas.
Elas fazem com que almas sejam destruídas uma vez, para entender que é preciso ser forte diante da vida e que o mundo nunca vai parar para um coração ser concertado.
É um sistema complexo que confunde a todos, faz com que se pense que o amor dói, e essa é a mentira mais cruel que se pode carregar. Ele é programado para ensinar, e aprender é que é penoso, porque exige esforço e a maioria das pessoas não estão dispostas a se esforçar por si mesmas.
Mas chega um momento no qual não há como fugir, é preciso enfrentar o que está diante de si, enfrentar os momentos que foram selecionados para cada um. No entando, a verdadeira tristeza não é a do coração partido, mas a de ninguém conseguir enxergar a única verdade que importa: não existem vítimas, nem tão pouco vilões. Só o que existe são pessoas passando pelas fazes da existência.
Haverá sempre erros, sofrimento e aprendizado, este é o ciclo imutável estípulado pela microsoft do mundo.

As vezes é preciso abrir os olhos e ver o que dizem as linhas invisíveis, é preciso reconhecer que elas nunca darão a ninguém um final feliz, só o que elas darão são escolhas.
E então é melhor escolher, quem ama perdoa e pede perdão, ao menos uma vez.

Jéssica Bueno.

Inspiração: Broken Hearted Girl (Beyoncé)

Você é tudo o que eu achava que nunca seria
Não é nada como um pensamento do que poderia ter sido
Mesmo assim, você vive dentro de mim
Então me diga como é isso?
Você é o único que eu desejo poder esquecer
O único que eu amo para não perdoar
Apesar de você quebrar meu coração
Você é o único.
E apesar de existir momentos que eu não gosto de você
Porque eu não posso apagar os momentos que você me machucou
e pôs lágrimas no meu rosto,
E até agora, quando eu não gosto de você
Me dói dizer que eu sei que estarei aqui
no final do dia

Eu não quero ficar sem você, amor
Eu não quero um coração partido
Não quero respirar sem você, amor
Eu não quero interpretar esse papel
[...]

Uma coisa que eu sinto que preciso dizer
Mas até agora eu sempre tive medo que você nunca chegasse perto.
E mesmo assim quero botar isso pra fora,
É que quando você diz que tem o maior respeito por mim,
As vezes eu sinto que você não me merece
E ainda assim você está no meu coração
Mas você é o único
E sim, há momentos em que eu não gosto de você
Mas eu não reclamo
Porque eu tive medo de que você fosse embora
Oh, mas agora eu não odeio você
Eu estou feliz em dizer
Que eu estarei aqui
No final do dia

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Observações inúteis

lPassando os olhos pelo site da globo, me deparo com a seguinte matéria: Casal russo é preso na Tailândia após ser flagrado fazendo sexo na praia. A matéria diz que a policia Tailandesa recebeu uma denúncia na sexta-feira (11) informando que um grupo de estrangeiros estavam se exibindo de maneira indecente na praia e, quando os tiras chegaram lá, um casal que estava dentro da água aparentava estar fazendo sexo.

Claro, uma vez que um episódio semelhante explodiu na mídia brasileira, vindo de uma celebridade, não há muito o que dizer com alguma moral para criticar um caso como esse. Todavia, ainda existe conceitos culturais e particulares que podem ser levados em conta, como a questão da religião, no caso do catolicismo, é proibido ter relações antes do casamento ou expor o corpo, como foi feito pelos russos.
Porém, não se pode negar que é um tanto difícil, no século XXI, encontrar um filme ou mesmo um livro de romance que não fale de sexo, que não o descreva e não dê tanta importância a isso. Os pais têm cada vez mais dificuldades em lidar o assunto com seus adolescentes e de orientá-los, alguns por não ter tido o mesmo em sua criação, outros pois o acesso a imagens, vídeos e informações se tornou tão fácil, que já não sabem a que ponto está a idealização e o conhecimento de seus filhos.
Em contraste, descendo a mesma página do G1 em que há a reportagem, encontra-se outras manchetes como: "Multada por sexo barulhento, britânica admite que violou ‘lei do silêncio’" , " Americano é preso por ligar para polícia e pedir sexo para telefonista", "Casal é multado na Alemanha em R$ 5,4 mil por fazer sexo na varanda", "Cobrador é preso ao propor para mulher perdão de dívida em troca de sexo", "Cabeleireira transforma assaltante em escravo sexual na Rússia". Nota-se que a maior parte das manchetes trazem fatos sobre adultos e não sobre jovens querendo experimentar o que assistiram na televisão ou viram em sites. Estes relatos chamam a atenção não pela vulgaridade dos atos cometidos, mas porque tais foram realizados por quem deveria dar o exemplo.
Surge então uma questão, a mídia é mesmo culpada por induzir a sexualidade precoce? Ou ela é o alvo por relatar os atos dos próprios homens que deveriam dar o bom exemplo?
Na melhor das hipóteses, entre discussões, prisões e fugas, trabalho e viagem, tudo sempre acaba em "make love".
Se não é trágico, ao menos garante algumas risadas! O personagem de Hugh Laurie, dr. House, é que está certo em dizer que o que conecta os seres humanos na terra é o sexo, essas exibições de amor em público estão por toda parte e acontecem com cada vez mais frequência.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Desculpa

Estou aqui vagando pela internet, no auge da minha sensibilidade inesperadamente exagerada de toda mulher, e dou de cara com Ana Carolina. É a primeira vez que presto atenção em suas letras ao invés de sua voz, são muito profundas e realistas, gosto de coisas realistas, embora seja um pouco pegasojo demais para o meu momento romantico-moderado.
Eis que encontro um poema muito interessante. Me chamou a atenção o começo, porém, só gostei do final. Não tenho nada a me lamentar da minha vida amorosa, mas vou colocar aqui justamente pelo final!
Engraçado, não é!? Na vida se atropela tantas coisas para poder começar outras, que raramente se presta muita atenção nos finais, creio que sejam mais importantes. Mostra o quanto se evoluiu ou regrediu, o quanto se esforçou ou não.
So, Let´s go:

Desculpa

Te olho nos olhos e você reclama que te olho muito profundamente.
Desculpa, tudo que vivi foi profundamente
Eu te ensinei quem sou, e você foi me tirando os espaços entre os abraços
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade de me inventar de novo.
Desculpa
Desculpa se te olho profundamente, rente à pele
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços.
A ponto de ver a estrada onde ficam seus passos.

Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim;
Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente.

(Ana Carolina)

sábado, 12 de dezembro de 2009

A Herança de Ana Bolena



Acabo de terminar este livro. A história é sobre as ultimas e menois populares mulheres de Henrique VIII: Ana de Cleves e Catarina Howard. Para quem não se lembra, Henrique VIII assumiu o trono inglês após a morte de seu irmão, e se casou com Catarina de Aragão, que deveria ter sido esposa de seu irmão. Bem, fidelidade não era algo para reis e na realidade chego a pensar que traição nunca foi uma coisa rara, nem mesmo na santa igreja, mas retomando o pensamento, o rei adorava trair sua pobre esposa com suas damas de honra, contudo, a que lhe negou o sexo conquistou seu coração (HOMENS!). Então, já que este rei podia tudo, arrumou uma desculpa para enxotar a legitima rainha e casar-se de novo com Ana Bolena. Esta foi a rainha mais popular, creio que por ter perdido a cabeça, literalmente! O rei desejou se casar com sua dama de honra Jane Seymour e arrumou uma desculpa de que Ana Bolena era adultera e tinha relações sexuais com seu irmão, nem preciso dizer que trair o rei é pedir pra morrer né!? Talvez com outros reis a rainha poderia ter saído viva, mas creio que Henrique enlouqueceu com o poder.

A jogada do livro é nos fazer entender qual é a herança de Ana Bolena, e digo que chorei muito com essa herança! Fiquei indignada com as coisas que aconteciam na corte de Henrique VIII, é claro que sei que muita coisa é invensão e, outras tantas, suposições, mas uma coisa não se pode negar: um rei que teve de suas 5 esposas, 4 mortas, sendo que uma delas escapou (Ana de Cleves) porque foi considerada sua irmã, massacrou milhares de opositores ao seu reinado, e até pessoas inocentes acusadas de bruxaria, só pode ser desequilibrado, não é?

História é a coisa mais linda, porém, só é linda porque é passado. Acho incrível as guerras das primeiras tribos, a disputa por território, a lealdade dos povos.
Enfim, ta aí um livro que vale a pena. Um livro sobre a Dinastia Tudor e a Reforma Protestante.