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quarta-feira, 23 de julho de 2008

O despertar da natureza

Nada mais precisava ser dito, o sentimento de aprisionamento se apossou dela de uma forma tão intensa, que a deixava sufocada. Era como se estivesse presa dentro de seu próprio corpo, e sua alma tentasse inutilmente se desprender deste. Não chorava, pois não seria conveniente, sua rotina tinha a infelicidade de não mudar nunca, e a repugnacia por ela, esgotava toda a disposição que a garota possuia.
No caminho para o ponto crucial de sua rotina de estudante, ela reparou no céu quase branco a sua direita, com o horizone violeta. A lua da noite lhe sorriu, dando bom dia ao sol e esperando sua hora tardia de se deitar. Do outro lado, havia um céu azul-claro, no horizonte o sol nascia, colorindo as margens do céu de dourado.
Desejou ardentemente estar livre dos prédio e dos carros barulhentos que a cercavam, pois naquele instante percebeu que o céu era o quadro mais belo e infinito que já havia visto, o contemplou, aproveitando cada segundo da sua jornada, esquecendo de tudo a sua volta, focada na grandiosidade inocente acima dela, lamentando-se por ter a certeza de que grande parte das pessoas, estava perdendo o mais lindo espetáculo da natureza.
Antes que pudesse dizer algo às pessoas a sua volta, sua rotina fez a curva e a levou para um lugar onde o sol só aparece das 9:30 às 9:45 e depois, ao meio dia.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Á vista de Fernando Pessoa

"A celebridade é um plebeísmo. Por isso deve ferir uma alma delicada. É um plebeísmo porque estar em evidência, ser olhado por todos inflige a uma criatura delicada uma sensação de parentesco exterior com as criaturas que armam escândalo nas ruas, que gesticulam e falam alto nas praças."
(Fernando Pessoa)

É muito comum na sociedade a procura por reconhecimento. Muitas pessoas desejam ser famosas, pois acham que poderão ter tudo o que quiserem, sem ter realmente que se esforçar para conseguir. Tal pensamento, geralmente ocorre entre a população de classe inferior, onde a frustração pela falta de oportunidades é maior.
Tendo em vista, a natureza à que foi criada a fama, conclui-se que, ela consiste na exposição de pessoas a que foi atribuído uma qualidade ou um feito de grande destaque. Porém, a consequência de se estar exposto a sociedade, mesmo que por reconhecimento de um ato plausível, é o pré-julgamento; torna-se aquilo que todos a sua volta desejam, ou avaliam que seja. A pessoa que realmente é, não importa.
Logo, uma vez dentro de um “mundo” onde sua popularidade está em destaque, não há como voltar atrás, como ser esquecido por todos, quando não se quer ser notado. Todas as suas atitudes são vistas e criticadas, justa ou injustamente. Perde-se parte de sua identidade, sendo obrigado a agir sob medida, tomando o devido cuidado, para não deixar que suas ações, aquelas humanas e inconsequêntes, ocorram com frequência; uma vez que, evitá-las consecutivamente é impossível, devido ao fato de estar na sociedade e ser influenciado por todos, até mesmo por aqueles impopulares, que fazem o que querem, como bem entendem, sem se preocupar com o preço de seus atos.
Sendo assim, nem todos os famosos aprovam sua fama, mesmo que a mereça, pois as "regras" invisíveis que ela impõe, é algo pouco desejável. E aqueles que fraquejam e a permite em sua vida, levados pela futilidade e pela luxuria de seu ser, estão se rendendo ao desejo íntimo de estar em destaque, de provar o seu valor, como se o negasse para si próprio e precisasse de outros para reconhecê-lo, tornando a sua personalidade, algo vulnerável e até mesmo flexível.
Portanto, é a essência de cada ser e sua capacidade de auto-preservação, que deve ser notada; porém, não julgada, mas sim respeitada.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Livros.

"Ele trabalhava num verdadeiro frenesi, sem comer ou beber, com as mangas de sua túnica enroladas até acima dos cotovelos, para protegê-la da tinta que envoaçava de sua pena devido à ferocidade do seu escrever. Era tão intensa a sua concentração que ele mão ouvia nada a não ser o ritmo do seu poema, não via nada a não ser o papel vazio e não pensava em nada a não ser nas frases gravadas a fogo atras de seus olhos."
(Eldest - Christpher Paolini)

Não tem como não me identificar com essa parte, é exatamente assim que eu fico quando to escrevendo, mas não uso penas ;P
Escrever é a melhor das artes, com as palavras você pode dizer tudo o que pensa, sobre qualquer assunto, de um grão de areia à imensidão do oceano.
Sinto quando escrevo, que estou acrescentando alguma coisa ao mundo, mesmo que de uma forma pequena e simples.
Palavras são as minhas ferramentas mais fortes, frases são as minhas armas e usa-las é o meu destino.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A igualdade das diferenças


Deitada no escuro, todas as formas já se esconderam atrás de cada ponto luminoso que se apagou, sons foram baixando até não mais existirem, eles estavam lá, mas a falta de sua importância, silenciou-os, como a verdade explicita àqueles que não a querem enxergar.
Os olhos já não tem utilidade perante a imensidão obscura que os cerca, mas fechá-los, é algo que convém. Fechados eles não podem enxergar nem ao menos, as formas sombreadas dos objetos, porém, podem ver aquilo que lhes agrada. Podem detalhar uma simples colher, podem até fazer com que a sinta; o metal frio ao primeiro toque e quente, após a condução de calor humano. Podem fazer momentos reviverem de forma tão real, quanto quando aconteceram e, por mais extraordinário que possa parecer, podem fazer desejos se realizarem, podem dar cor, som e cheiro, ao desconhecido.
Duas escuridões semelhantes, embora diferentes.
Seria os olhos o responsável por tanta criatividade? Não, evidentimente, os olhos são apenas portas para um mundo criativo, que está escondido entre a máquina mais perfeita que existe: o cérebro.
O cérebro, capaz de criar qualquer coisa, quando se permite que ele o domine, juntamente com suas emoções mais sobressalentes, o resultado é viver os melhores momentos, nos melhores lugares, com as melhores pessoas, ou, o pior. Cabe a cada um, construir dentro de si, o mundo que quiser.
Mas, seria então um mundo de ilusão? É o que todos um dia se perguntam, e até temem, viver de sonhos, construir um mundo perfeito, para depois vê-lo desmoronar. Porém, cegos por tanta vontade e até por um certo desespero de se agarrar a algo que é confortante, esquecem que, mesmo quando se fecham em suas próprias casas, o resto do planeta está do lado de fora, esperando que saiam, para continuarem as suas vidas.
O que se julga a diferença entre realidade e ilusão, é na verdade uma semelhança, pois mesmo que mundos perfeitos existam dentro de cada ser, ele é capaz de ver o que acontece a sua volta, é capaz de sentir e se preparar para a realidade.
A natureza é simples, se foque em apenas uma atividade, ela será perfeita, mas o mundo a sua volta pode ser destruído enquanto a estiver realizando, mas, ao se focar em uma atividade, podendo enxergar todas, quando terminar, terá o resultado ideal, num mundo propício.

sábado, 12 de julho de 2008

Você

Saudade só é boa, se for de você;
Beijo só envolve, se for o seu;
Confiança só existe, se vier de você;
Carinho só é possivel, quando te tenho comigo;
Abraço só conforta, se for o seu;
Filmes só fazem sentido, ao seu lado;
Risadas só expressam felicidade, na sua presença;
Olhares só brilham, na sua companhia;
Despedida só é triste, quando é sua partida;

Amor só existe, porque tenho você na minha vida.