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quarta-feira, 23 de julho de 2008

O despertar da natureza

Nada mais precisava ser dito, o sentimento de aprisionamento se apossou dela de uma forma tão intensa, que a deixava sufocada. Era como se estivesse presa dentro de seu próprio corpo, e sua alma tentasse inutilmente se desprender deste. Não chorava, pois não seria conveniente, sua rotina tinha a infelicidade de não mudar nunca, e a repugnacia por ela, esgotava toda a disposição que a garota possuia.
No caminho para o ponto crucial de sua rotina de estudante, ela reparou no céu quase branco a sua direita, com o horizone violeta. A lua da noite lhe sorriu, dando bom dia ao sol e esperando sua hora tardia de se deitar. Do outro lado, havia um céu azul-claro, no horizonte o sol nascia, colorindo as margens do céu de dourado.
Desejou ardentemente estar livre dos prédio e dos carros barulhentos que a cercavam, pois naquele instante percebeu que o céu era o quadro mais belo e infinito que já havia visto, o contemplou, aproveitando cada segundo da sua jornada, esquecendo de tudo a sua volta, focada na grandiosidade inocente acima dela, lamentando-se por ter a certeza de que grande parte das pessoas, estava perdendo o mais lindo espetáculo da natureza.
Antes que pudesse dizer algo às pessoas a sua volta, sua rotina fez a curva e a levou para um lugar onde o sol só aparece das 9:30 às 9:45 e depois, ao meio dia.

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