É fato que para cada pessoa na Terra, a vida possui um sentido diferente, assim como não existem duas pessoas iguais, duas crenças com a mesma ideologia. O sentido de viver, seja qual for seu significado morfológico, é uma parte da identidade das pessoas. Diz quem são elas e como encaram o mundo.
Logo, é patente que, assim como uma personalidade não é identica a outra, há divergências quando dois individuos de nações diferentes precisam entender-se e respeitar-se mutuamente.
Para a maioria dos ocidentais, a satisfação resume-se em possuir coisas. Comprar um carro, comprar uma casa, conseguir um emprego, comprar um livro, comprar... Comprar. A felicidade passou a ser sinônimo de conquista, as pessoas gastam a maior parte do tempo fazendo planos sobre as coisas que querem do que as coisas que precisam.
Ademais, como diz Mo Sung*, "não vivemos mais em uma civilização em que se trabalhava para viver, onde as questões econômicas - como trabalho, consumo e acumulação - estavam subordinadas à finalidade de viver bem; mas em uma civilização onde vivemos para trabalhar, ganhar dinheiro e consumir mais".
A busca pelo bem material impregnou-se na cultura do cidente que um dia lutou contra a opressão socialista, dando voz ao liberalismo. Entretanto, ao contrário do que muitos pensam, a vitória do capitalismo não trouxe liberdade. Uma vez que, embora o Estado não ofereça restrição às escolhas particulares de sua sociedade, ela se submete ao poder das empresas.
Afinal, no século XXI, em todas as esquinas, há a exibição descarada das marcas que monopolizam as tendências sociais. E foi a isso que se resumiu a crítica popular, acompanhar tendências. Já há quem diz que os seres humanos estão se tornando consumidores vazios em ideologia, sendo dominados por pedaços de plástico, metal e luz.
Se estão ou não, ainda há de se descobrir, porém, uma questão é evidente: a população, virou público, massa. Algo que se estuda para poder vender produtos. Entrementes, dentro de tudo isso há uma incoerência, afinal, como pode os integrantes da "massa" terem, cada um, um sentido próprio para suas vidas?
É, talvez o mundo não esteja perdido. Talvez não sejam todos vazios em ideologia.
Jéssica Bueno
"Caminho perdido na serra
Caminho de pedra onde não vai ninguém
Só sei que hoje tenho em mim
Um caminho de pedra no peito também "
(Tom Jobim)
*Mo Sung - Educar para reencantar a vida
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