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segunda-feira, 16 de março de 2009

Afinal, será que amar é mesmo tudo?

Todos os corações são livres. Essa é a única essência da liberdade particular de cada um.
Pode-se prender um corpo, uma alma e até mesmo, uma lágrima ou um sorriso. Mas não se pode delimitar um sentimento.
Sentir é viver antecipadamente, sem precisar de um endereço e de uma causa; é dizer para si mesmo aquilo que se quer gritar para o mundo.
Porém, amar é abdicar à unica liberdade que nunca precisou ser conquistada. É dizer a todos que por doar seu coração, ganhou algo muito melhor em troca. Amor. Amor?

Não. O desconhecido. Pois se nem mesmo Luís Vaz de Camões conseguiu livrar-se da antítese do tal, como pode o ser humano, sendo padronizador, confiar à maior incógnita da vida a sua maior preciosidade, a liberdade?

Talvez, sem amor, o indice de mortalidade diminua, as pessoas sofreriam menos, não teriam que buscar mais de uma vez durante a vida um novo ponto para recomeçar, quando sua liberdade for bruscamente devolvida. Quando já não se sabe mais lidar com ela.
Não amar seria continuar sempre no mesmo caminho, sem ter que reajustar a própria vida por vezes e vezes, só para que no final, ela precise ser reajustada novamente.
Ou talvez porque, sem amor, andar nos trilhos de um trem não seria uma brincadeira perigosa; talvez morrer fosse apenas deixar de existir, não seria deixar ninguém, não causaria dor a ser algum.
Não amar seria nunca se arriscar; nunca ter que se preocupar com O Alguém.
Jamais esperar para receber um telefonema ao final do dia, simplesmente para ouvir as três palavras tradicionais, que não importa quanto tempo passe, nem o quanto o mundo mude, sempre causará o mesmo efeito nas pessoas. Eu te amo.

Então, é claro que o amor não é necessário, ele é apenas um elemento.
Amar é que é essencial, para tudo, para todos.
Por que? Pode ser que Jota Quest é que esteja certo quando diz que "Amar não é ter que ter sempre certeza", não é preciso entender o amor, ele não é nada.

Amar é mesmo tudo.

Um comentário:

Gaalvso disse...

UAU! Que síntese maravilhosa =O, foi algo, assim, deslumbrante! Gostei muito, e acredito piamente que o amor realmente não é nada, maaas, discordo de que seja tudo =D